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Ao lado de Lula, ministro da Educação defende renovação do PT

O ministro da Educação, Fernando Haddad, defendeu nesta sexta-feira (12) a necessidade de mudanças do PT, ao responder sobre sua candidatura à prefeitura de São Paulo. “O que sei é que o PT precisa passar por uma renovação, ampliar horizontes e voltar a ter diálogo com outras camadas da sociedade que se afastaram do nosso ideário”, afirmou Haddad, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tido como o fiador de sua indicação para disputar a capital paulista no próximo ano.

O ministro é visto como um nome capaz de quebrar a resistência da classe média paulistana a votar em quadros petistas e jamais disputou cargo eletivo, dois fatores que podem contar pontos na indicação do partido. A outra pré-candidata que aparece com força, a senadora Marta Suplicy, foi derrotada nas duas últimas eleições municipais, sofre resistência entre as classes mais altas e tem um dos maiores índices de rejeição entre os nomes atualmente cotados.

Desde que assumiu a indicação feita pelo ex-presidente, Haddad tem aumentado sua presença em São Paulo, em especial aos fins de semana. Nesta sexta, ele esteve na Feira de Literatura Infanto-Juvenil de São Bernardo, região do ABC, e, na companhia de Lula, realizou leituras para crianças e adolescentes.

Questionado sobre a possibilidade de antecipar a saída do ministério para se dedicar às eleições, o petista indicou que não quer prejudicar o trabalho em Brasília enquanto a situação não estiver definida. “A agenda do MEC é muito difícil, exige muito. E meus compromissos, primeiro, são com a presidenta Dilma, que é uma presidenta exigente, como vocês sabem bem. Cobra prazos, resultados, e deixei muito claro aos companheiros que não colocaria isso em risco.”

Nas últimas semanas, Haddad tem mantido um discurso de reconhecimento do fato de nunca haver militado no PT, integrando a sigla na condição de um quadro intelectual chamado a discutir questões político-partidárias em alguns momentos. No entanto, ele declara não acreditar que isso possa representar uma dificuldade para o caso de ter de disputar uma campanha eleitoral.

Fonte: Rede Brasil Atual