Hélio se diz confiante e PDT/SP manifesta apoio ao prefeito

Em sua nota, Hélio afirma estar em paz com a consciência “tranquilo e confiante de que a verdade prevalecerá. A democracia e o Estado de Direito serão respeitados e o parlamento municipal dará provas de maturidade política”. Mas, Hélio não ficou apenas na defensiva e nos elogios. Para o prefeito, “não restou a meus detratores nada além de calúnias, para sustentar o pedido de cassação de um prefeito legitimado nas urnas”.

A questão das provas contra o prefeito é motivo de controvérsias. Até o momento, a Justiça não acatou a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra membros do primeiro escalão do governo – incluindo a primeira dama Rosely Nassim e o vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT). O prefeito não está sendo acusado pelo MPE. O próprio relatório da Comissão Processante da Câmara, que pede a cassação de Hélio, afirma que se o Legislativo tivesse que agir como o Judiciário “com absoluta certeza os procedimentos teriam, todos eles, sem exceção, idêntico resultado final, isto é, o arquivamento”; devido ao prazo legal de concluir o processo em 90 dias. Esse prazo é previsto no Decreto-Lei nº 201/67, que serviu de base para a acusação. Mesmo sabendo que será julgado por critério políticos, o prefeito confia que sua “inocência está provada”.

PDT/SP APOIA HÉLIO

O presidente estadual do PDT, deputado Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força) soltou nota, onde afirma ter fechado questão em apoio ao prefeito de Campinas. O partido entende que as acusação são infundadas. A nota também enquadra os vereadores da legenda ao orientar para que “todos os vereadores da bancada pedetista na Câmara Municipal de Campinas apóiem e votem favoravelmente a todas as proposições apresentadas pelo prefeito no Executivo da cidade”. Desde o início do processo, alguns vereadores do PDT têm dado declarações controversas à imprensa.

Para cassar o prefeito Hélio são necessários 22 votos entre os 33 vereadores. A bancada do PDT é composta pela vereadora Leonice da Paz e pelos vereadores Antonio Flores, Aurélio Cláudio, Francisco Sellin (líder de governo), Paulo Oya, Pedro Serafim (presidente da Câmara), Zé Carlos e Zé Cunhado. No auge de seu governo, a base de Hélio na Câmara chegou a 22 vereadores. Mas, em duas votações – que pediam a cassação provisória de seu mandato – o prefeito conseguiu reunir 15 vereadores em seu apoio, número necessário para barrar, em definitivo, sua cassação.

De Campinas,
Agildo Nogueira Junior