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América Latina: 150 milhões enfrentam desigualdade racial

A Organização Pan-americana da Saúde (OPS) lamentou nesta sexta (19) durante a 1ª Cúpula Mundial de Afrodescendentes, em Honduras, o limitado acesso aos serviços sanitários que possuem as comunidades de afrodescendentes na América Latina e no Caribe.

A doutora Socorro Gross-Galiano, subdiretora desse organismo regional, reconheceu que tal exclusão em matéria de saúde está estreitamente vinculada com a pobreza, a marginalidade e a discriminação racial, social e de gênero de que são vítimas as populações negras do continente.

Embora as estatísticas ainda sejam limitadas, os relatórios mostram que desde o nascimento, os bebês afrodescendentes têm maiores probabilidades de morrer que outros crianças e padecem maiores problemas de saúde durante seu desenvolvimento, recordou.

Além disso, os homens registram uma taxa mais elevada de homicídios e infecção por HIV/Aids, a gravidez em adolescentes é mais comum e a conquista de acesso igualitário aos serviços sanitários e aos anticonceptivos constitui um enorme desafio, destacou a servidora pública.

Acrescentou que a situação dos afrodescendentes não costuma ser reconhecida porque faltam informações e uma análise intercultural que identifique as lacunas, desigualdades e injustiças etnoculturais.

Gross participa da 1ª Cúpula Mundial de Afrodescendentes convocada pela ONU, que se realiza na cidade caribenha de La Ceiba, Honduras.

O evento, que teve início ontem, quinta (18), se encerra nesta data, tendo avaliado as condições de vida dos mais de 150 milhões de afrodescendentes que habitam na América Latina e no Caribe.
A organização também analisou os avanços alcançados desde a 3ª Conferência Mundial Contra o Racismo, realizada há dez anos.

Redação com informações da Prensa Latina