Governo acena com diminuição de juros, diz Vanessa
O aumento de R$ 10 bilhões no superávit primário anunciado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) no sentido de conter os reflexos da crise internacional no Brasil deve vir acompanhado de um período de diminuição da taxa de juros no país, considerada uma das mais elevadas do mundo.
Publicado 29/08/2011 18:21 | Editado 04/03/2020 16:11
A avaliação é da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que participou nesta segunda (29), no Palácio do Planalto, da reunião do Conselho Político convocada pela presidente Dilma Rousseff.
No encontro, a presidente antecipou aos líderes dos partidos da base aliada as medidas anunciadas logo depois por Guido Mantega. “Esse aumento do superávit deverá ser o início e a sinalização de um período de diminuição de queda nas taxas de juros do Brasil”, previu a senadora.
Segundo ela, o PCdoB é um dos maiores críticos “dessa tríade na macroeconomia brasileira”. “Primeiro câmbio flutuante e segundo, taxas elevadas de juros, o que obriga o governo a elevar o superávit também”.
No entanto, a senadora diz acreditar que aposição firme da presidente Dilma aponta para que em breve possa ocorrer a redução da taxa de juros, “porque só isso explica mais um aumento de R$10 bilhões na meta, já elevadíssima, do superávit primário”.
A senadora lembrou que o superávit alcançado no primeiro semestre deste ano foi de R$ 92 bilhões, ou seja, bem acima da meta estipulada pelo governo. “Como o serviço da dívida pública brasileira chegou no mesmo período a R$138 bilhões tivemos um déficit nominal na ordem de aproximadamente R$ 46 bilhões, tudo isso em decorrência das elevadas taxas de juros praticadas no país”, argumentou.
De forma positiva, a parlamentar diz que tanto a presidente quanto o ministro da Fazenda deram certeza aos participantes da reunião de que não haverá interrupção nos investimentos do governo, principalmente nos que estão preparando o país para a Copa do Mundo de 2014.
Assessoria de Comunicação