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EUA colocam chanceler sírio em sua lista suja contra Síria

Como uma forma de aumentar a pressão contra o governo sírio, os Estados Unidos colocaram o ministro das Relações Exteriores da Síria, Walid Muallem, na lista suja das pessoas sancionadas pelo regime americano, informou nesta terça-feira (30) o departamento do Tesouro americano.

A decisão também confisca qualquer bem que o ministro possua no território americano. A atitude também foi tomada contra Bouthaina Chaabane, um dos membros do conselho do Estado e contra o embaixador da Síria no Líbano, Ali Abdel Karim Ali.

Os regimes satélites dos Estados Unidos na região também fazem coro aos que se manifestam contra o governo de Bashar el-Assad. exemplo disso é a recente afirmação do direitista presidente da Turquia, Abdullah Gül, afirmando que "não confia" mais em Damasco.

Além dele, os ministros que fazem parte da Liga Árabe, a união de países ligados política e economicamente aos Estados Unidos, também se manifestaram contra a Síria, usando como exemplo as manifestações da oposição no país.

A Liga prepara uma visita ao estado do Oriente Médio, para aumentar a pressão contra o governo local, acusado de reprimir duramente as manifestações que ocorrem no país desde março.

Na Síria, el-Assad comemorou nesta terça-feira o fim do Ramadã, em uma mesquita de Damasco. Assad ouviu as palavras na ocasião do grande mufti sunita do país, Ahmed Hasun, em apoio à política do Governo de realizar reformas que satisfazem algumas reivindicações dos manifestantes.

Ao mesmo tempo, o grande mufti Bashir Ied al Bari, protestou contra os inimigos da Síria, que cometem crimes durante as manifestações para espalhar o medo e o ódio no país.

"A Síria conhece o caminho correto e responderá as demandas justas por reformas", disse al-Bari. Nesta terça-feira algumas gangues atacaram mesquitas provocando tiroteios e até mortes, segundo a agência Sana de notícias.

Enquanto isso, nesta terça-feira os 15 integrantes do Conselho de Segurança da ONU discutirão as propostas apresentadas pela Rússia e pelo Reino Unido em relação à Síria.

Nas reuniões em Nova York, do Conselho de Segurança da ONU, a embaixadora brasileira Regina Dunlop reitera que, para o Brasil, é fundamental encerrar a violência na Síria e atuar em busca da paz por meio de interlocutores do próprio país.

Para os russos, o ideal é adotar medidas que permitem a el-Assad implementar as mudanças com as quais ele havia se comprometido, como as reformas política, econômica e social, e promover eleições democráticas na Síria.

Já os britânicos, obedecendo às pressões feitas pelos Estados Unidos, querem restrições "mais amplas" contra Assad, com o objetivo de derrubá-lo do poder. As tais restrições seguem o mesmo roteiro do que foi utilizado contra a Líbia de Muamar Kadafi.

Com agências