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Síria rechaça declaração da Liga Árabe e defende soberania

A Síria reivindicou nesta segunda-feira (29) o direito de defender sua soberania, estabilidade e unidade em frente a um complô interno e externo, ao reiterar sua rejeição categórica a uma declaração da Liga Árabe sobre a crise nacional.

Os principais meios de comunicação oficiais sírios destacaram um comunicado do governo do presidente Bashar Al-Assad que qualificou o texto como uma "clara violação (…) dos princípios da Carta da Liga Árabe e dos fundamentos da ação árabe conjunta".

Em um pronunciamento feito na madrugada do domingo, os ministros de Relações Exteriores da organização integrada por 22 países expressaram seu "mal-estar e preocupação" pelo "derramamento de sangue" no país.

Igualmente, alertaram o governo sírio a "seguir o caminho da razão antes que seja demasiado tarde" e se declararam "preocupados ante os graves acontecimentos no palco sírio que tem causado milhares de vítimas e feridos".

A delegação síria e as autoridades de Damasco consideraram que a declaração contém "uma linguagem inaceitável" e, portanto, este país atuará como se a nota nunca tivesse sido publicada.

Segundo fontes diplomáticas no Cairo, sede da Liga Árabe, os chanceleres violaram um acordo de que não seriam feitos comunicados nem declarações à imprensa depois da reunião, que propôs uma viagem urgente a Damasco do secretário-geral da entidade, Nabil Arabi.

Por seu lado, o representante permanente sírio, Youssef Ahmad, enfatizou ontem que seu país segue adiante com a reforma e a defesa de sua estabilidade, segurança e unidade nacional, ao mesmo tempo em que expôs as circunstâncias e interferências externas na crise.

Ahmad destacou que desde o início dos protestos, em meados de março, sucederam pressões externas com o claro objetivo de golpear a estabilidade e segurança da Síria.

O catedrático da Universidade Libanesa, Mohsen Saleh, comentou ao canal iraniano Press TV que a Arábia Saudita executa os planos estadunidenses para a Síria, ainda que outras nações como Turquia, Líbano e Iraque forneçam armas aos opositores sírios.

Segundo Saleh, um plano similar será colocado em prática no Iêmen, também com ativo protagonismo subversivo do reino wahabita.

Fonte: Prensa Latina