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Líbia: Brasil defende cessar-fogo e transição democrática

O governo brasileiro defendeu nesta quinta (1) uma transição democrática na Líbia e pediu o fim do conflito, durante uma conferência internacional em Paris para discutir o futuro do país.
O Brasil vai “encorajar um processo democrático de transição que transcorra com segurança e pleno respeito aos direitos humanos e aos interesses dos diferentes segmentos da sociedade líbia”, dizia um comunicado do governo, divulgado pela Embaixada do Brasil na França nesta quinta.

A nota recordava ainda que o Conselho de Segurança e a União Africana defendem um cessar-fogo imediato e, por isso, “o Brasil conclama as partes a depor armas e cessar a violência”.

AQinda na nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou que caberá ao comitê de Credenciais da ONU (Organização das Nações Unidas) definir quem assumirá a representação do país nas Nações Unidas. Mais cedo, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, defendeu que o CNT (Conselho Nacional de Transição, órgão político dos rebeldes) assuma o assento do país no órgão.

"O Brasil entende que um objetivo central dos países amigos da Líbia deve ser encorajar, no espírito do Mapa do Caminho da União Africana, um processo democrático de transição que transcorra com segurança e pleno respeito aos direitos humanos e aos interesses dos diferentes segmentos da sociedade líbia, preservando-se a unidade nacional", afirma trecho da nota do Itamaraty.

Cesário Melantonio representa o Brasil

A reunião em Paris tem representantes até mesmo de países que não apoiaram a resolução da ONU — que autorizou a campanha aérea comandada pela Otan contra forças de Kadafi — como Brasil, Alemanha, Rússia e a China. O objetivo é estabelecer as medidas necessárias para promover a reconstrução do país, abalado por seis meses de guerra civil.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o comandante da Otan, Anders Fogh Rasmussen, e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, estão entre os presentes. Líderes árabes, como o emir do Qatar e o rei da Jordânia, também participam do encontro. O Brasil enviou o embaixador Cesário Melantonio Neto para representar o país.

Fonte: Agências