Estudantes chilenos convocam nova greve nacional
Depois de uma extensa assembleia, a Confederação de Estudantes do Chile (Confech) confirmou a convocação a uma nova greve nacional na próxima quinta-feira, em rejeição à posição do governo em relação ao conflito educacional.
Publicado 16/09/2011 18:35

Em representação da Confech, o vice-presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile, Francisco Figueroa, disse em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15), já quase madrugada desta sexta (16), que o governo impôs uma barreira ao diálogo ao não aceitar três das quatro demandas do Movimento Social pela Educação Pública.
Concordou com Figueroa o presidente da Universidade de los Lagos, Patricio Contreras, segundo o qual o governo federal não tem vontade de solucionar o conflito e só está apostando ao desgaste das mobilizações.
A vontade de diálogo do governo só existe em palavras, mas não há fatos concretos, destacou.
Estamos quase igual a antes, considerou a também porta-voz da Confech, Laura Palma, que prognosticou um palco muito complexo nas próximas semanas.
Ontem, o ministro da Educação, Felipe Bulnes, expressou o desacordo do governo com o pedido da Confech e do grêmio magisterial em relação à necessidade de congelar a agenda legislativa sobre o tema educacional, ao considerá-la improcedente paralelamente a uma mesa de diálogo.
"Não podemos deixar de cumprir nossa função como governo em relação com o envio de iniciativas legais", alegou Bulnes.
O palácio de La Moneda opôs-se também à mudança no calendário escolar solicitada pela Confech.
Ao redor do tema central do lucro, o Executivo voltou à ideia de poder controlá-lo através de uma Superintendência de Educação Superior e só aceitou a proposta de tonar o diálogo mais transparente mediante atas públicas e não através da televisão, como sugeriam os estudantes.
Fonte: Prensa Latina