Conferência das Cidades é oportunidade para discutir o DF

O Administrador de Brasília, Messias de Souza, está conclamando os moradores e frequentadores da Capital a participar da Conferência Extraordinária das Cidades. “É uma oportunidade impar para discutir as posturas municipais, os conflitos entre moradores e comércio, a utilização de espaços de lazer, cultura e esporte. As polêmicas sobre o uso do espaço urbano serão abordadas nas plenárias, que elegerão os delegados para a Conferência”, explica. As plenárias são abertas à participação de todos.

No dia 26, às 19h30, Messias fará um informe especial a todos os interessados sobre a Conferência das Cidades e alterações na 901 Norte e W3 Sul, na sede do PCdoB-DF, SDS ed. Venâncio Júnior, sala 201 – Brasília-DF. 
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, assinou, dia 20, a convocação da Conferência Distrital das Cidades Extraordinária. “A grande protagonista desse processo é a sociedade civil, que se mobiliza para nos ajudar a planejar e colocar em prática as políticas públicas que definirão os rumos das nossas cidades”, destacou o governador.
Com o lema “Vamos pensar juntos a sua cidade” e tema “Participação e responsabilidade na construção das cidades”, a conferência é extraordinária por estar fora do cronograma da Conferência Nacional. No entanto, o conteúdo e as regras foram baseados nos já definidos pelo Governo Federal durante a realização das etapas locais para a 4ª Conferência Nacional. A ideia é fazer com que o DF alcance as metas previstas antes do início do processo de elaboração da 5ª Conferência Nacional, marcada para 2013.
Além disso, será a oportunidade de debater alguns instrumentos previstos no Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) de 2009 que servem para orientar todas as ações governamentais que perpassam a dinâmica do planejamento, desenvolvimento e controle urbano.
De acordo com o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Geraldo Magela, a grande novidade trazida pela Conferência é a ampliação do debate sobre a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos). “O PDOT trata do Distrito Federal de forma geral, enquanto a Luos será uma única lei, mas levará em consideração as especificidades de cada cidade”, explicou.
A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Sedhab) vai realizar 33 conferências locais: uma em cada cidade do Distrito Federal. Por suas características socioeconômicas serão realizadas duas conferências em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Antes das conferências locais, que terão início em 1º de outubro, as Administrações Regionais farão reuniões preparatórias. No sábado, 24 de setembro, às 9h, no Museu da República, será realizada a 3ª Audiência Pública para a adequação da área tombada.
Como resultado da conferência espera-se encontrar soluções legitimadas pela contribuição da população para os problemas que dificultam a implementação de diversas políticas públicas governamentais, o que garante maior responsabilidade social na implantação das ações do governo. Ações estas que beneficiarão a população e serão elaboradas e implementadas em conjunto com toda a sociedade do Distrito Federal.
Acompanhe o andamento das reuniões e todo o cronograma em www.sedhab.df.gov.br.

PRINCIPAIS PONTOS A SEREM DEBATIDOS
§ Lei de Uso e Ocupação do Solo (LUOS)
A Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo constitui um dos instrumentos urbanísticos mais aguardados para regular as categorias de usos e as formas de ocupação dos lotes, ou seja, como e o quanto pode ser construído dentro de cada lote: altura, afastamento e tamanho da edificação. A LUOS estabelece os parâmetros e diretrizes urbanísticas de uso e ocupação do solo.

§ Definição das poligonais das Regiões Administrativas.

§ Definição das poligonais dos parques.

§ Código de Edificações.

§ Definição da composição e organização dos Conselhos das Unidades de Planejamento Territorial (CUP) e dos Conselhos Locais de Planejamento Territorial e Urbano (CL) para estruturação do Sistema de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Sisplan).

§ Aprovação e implementação dos diversos instrumentos da política urbana, entre eles o Plano Distrital de Habitação de Interesse Social (Plandhis) e diversos fundos e conselhos gestores.

§ Integração da política urbana no território: política fundiária, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação, qualidade de vida, entre outros.

§ Relação entre os programas governamentais como PAC e Minha Casa, Minha Vida e a política de Desenvolvimento Urbano.

§ Aplicação do estabelecido no Estatuto da Cidade no Distrito Federal.