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No segundo dia de greve, bancos orientam buscar autoatendimento

Os bancários de instituições públicas e privadas entram hoje (28) no segundo dia de greve. O tempo de duração da paralisação é indeterminado. a decisão foi tomada após a quinta rodada de negociações com a Fenaban, na sexta-feira (23), quando a categoria recusou reajuste de 8% sobre os salários. Os bancos orientam seus clientes a procurarem as redes de autoatendimento para fazer pagamentos.

Ontem, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou, em nota, que estão à disposição da população 179 mil canais para realizar operações bancárias, como caixas eletrônicos, internet banking e mobile banking (operações por meio de celulares). Também há mais de 165 mil correspondentes não bancários, como casas lotéricas, agências dos correios, redes de supermercados e estabelecimentos comerciais credenciados.

Ontem, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), os bancários fecharam 4.191 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados em 25 estados e no Distrito Federal.

Segundo a Contraf, os bancários recusaram a proposta de reajuste de 8% sobre os salários. Eles reivindicam aumento de 12,8% (5% de aumento real). "A proposta [dos bancos] representa apenas 0,56% de aumento acima da inflação do período, o que está longe da reivindicação da categoria, de 12,8%. Enquanto isso, os seis maiores bancos que operam no Brasil lucraram R$ 25,9 bilhões no primeiro semestre, segundo levantamento do Dieese e da Contraf-CUT", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, na página na internet da entidade.

"Isso quer dizer um aumento de R$ 4,3 bilhões em relação ao lucro do mesmo período do ano passado, com um crescimento médio de 20,11%. É preciso repartir esses ganhos com os bancários, maiores responsáveis pela enorme lucratividade das empresas", completa.

Com agências