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Livro de Stephen King tem morte de John Kennedy como núcleo

O escritor norte-americano Stephen King apresentará em novembro próximo seu mais recente romance, 11/22/63, uma história com o assassinato de John F. Kennedy como núcleo matriz e as viagens no tempo como outro assunto central.

Na história de mais de mil páginas, um professor, Jake Epping, viaja no tempo para conseguir evitar que Kennedy seja morto. Ele faz isso após seu amigo descobrir uma porta capaz de transportar as pessoas para o passado. Os problemas começam quando Jake se apaixona por uma mulher de 1963.

Qualquer livro com tais temas poderia tecer uma dessas histórias previsíveis, recorrentes, mas quando se trata de King, cujo talento é de outra natureza, como um cabo de alta tensão tendido subrepticiamente à beira do caminho.

Tanto que o livro mal tinha sido escrito pelo autor e o cineasta Jonathan Demme (O silêncio dos inocentes) adquiriu os direitos para o convertê-lo em um filme, cujo roteiro, produção e direção descansará em suas mãos.

Não satisfeito com a versão fílmica de The shinning (O iluminado), King voltou a ceder à eterna sedução do cinema – como antes o fez com Carrie e Louca Obsessão -, e deu seu aval a Demme.

Apesar do talento de Kubrick para armar um filme cheio de achados, como o uso particular da cor e da luz para irradiar a atmosfera de realidade-irrealidade da novela, sua batida perturbadora, seu horror sempre à espreita, o resultado não satisfez ao escritor.

Segundo King, Kubrick só construiu "um enorme e precioso Cadillac sem motor adentro. Podes sentar-te e desfrutar do cheiro da estofamento de couro, mas não podes conduzir a nenhuma parte", ironizou.

Neste momento, o escritor trabalha na segunda parte de O Iluminado, cujo título será Dr. Sleep, com a personagem do menino Danny Torrance – um dos protagonistas da obra original – já adulto e dotado de misteriosos poderes para aliviar as pessoas que padecem de uma doença terminal.

Com 40 anos de idade, a missão de Torrance é ajudar os doentes no trânsito final à morte. Tudo marcha bem até que irrompem uns "vampiros psíquicos" que põem em perigo seu trabalho.

King começou a escrever desde a infância, detalham suas biografias, e, na juventude, nenhum editor interessou-se por seus textos. Em todos os seus romances aparece esse horror que desliza de forma paralela ao cotidiano, até adquirir matizes a cada vez mais delirantes.

Com Prensa Latina