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EUA: Indignados chegam a Washington e protestos se estendem

O movimento de indignados dos Estados Unidos, surgidos devido à profunda crise econômica que vive o país, já se encontra em Washington para levar suas demandas e reivindicações, enquanto as medidas de força seguem se estendendo por diversas cidades.

Com uma presença em ao menos 300 cidades estadunidenses como Seattle, Los Angeles, Houston, Dallas, Filadélfia, Chicago e Boston, os indignados reclamam a criação de empregos e que seja jogada sobre os banqueiros e empresários a responsabilidade pela crise atual, reportou o diário estadunidense La Opinión.

Trabalhadores, ambientalistas, religiosos, ativistas de direitos civis e outros cidadãos se instalaram na Praça da Liberdade de Washington, a poucos quarteirões da Casa Branca.

"Estamos contra o corporatismo e o militarismo. Queremos tirar dinheiro da política. O sistema está completamente corrupto, queremos terminar as guerras e gastar esse dinheiro com nosso povo, com os trabalhadores, com proteção ambiental, com programas sociais", explicou Lisa Simeone, integrante da organização Stop the Machine.

A ativista esclareceu que "não estamos pedindo para sermos ricos, não estamos pedindo que ninguém nos resgate. O que pedimos é para viver com dignidade e que o dinheiro de todos os contribuintes seja gasto de maneira efetiva. Ter acesso à saúde, uma educação decente. Enquanto em Wall Street esses titãs corporativos nadam em dinheiro".

Em Nova York, cidade que é o epicentro das manifestações, as mobilizações dos indignados foram duramente reprimidos, como ocorreu no final de semana passado, quando a polícia prendeu 700 pessoas.

Em Los Angeles, ontem foi efetuado uma mobilização onde 11 participantes foram detidos, enquanto medidas de força também foram produzidas nas cidades de Dallas, Austin, Houston, Las Vegas, Salt Lake City, Seattle, Chicago e Nova York.

De acordo com o jornal The Sacramento Bee, a polícia local prendeu os participantes de um protesto nessa cidade da Califórnia na última quinta-feira (6).

Segundo a publicação, ao menos 19 manifestantes foram detidos durante a jornada que se produziu ao redor da Prefeitura de Sacramento e do Capitólio da Califórnia.

Centenas de pessoas bradaram lemas contra as grandes empresas e sua influência no governo. Em 17 de setembro iniciaram-se as manifestações do movimento "Occupy Wall Street" no Baixo Manhattan, onde se encontra o coração de sistema financeiro mundial.

Os "indignados" saíram à rua contra a "avareza e corrupção de um por cento da população que mantém com problemas econômicos 99 por cento do povo estadunidense e do mundo", expressaram então os organizadores.

Entre os que apóiam o movimento está a Transport Workers Union (TWU), que agrupa empregados dos serviços de comboios e ônibus.

Na quinta-feira Obama reconheceu numa coletiva de imprensa que o movimento Occupy Wall Street "expressa as frustrações que sente o povo estadunidense".

Atualmente no país há cerca de 14 milhões de desempregados, o que se traduz numa taxa nacional de desemprego de 9,1 por cento, de acordo com as cifras oficiais.

Com informações do Diário Liberdade e da Prensa Latina