Síria fará represálias contra países que reconhecerem oposição
O governo da Síria adotará "medidas duras" contra qualquer país que reconheça o recém-formado Conselho Nacional como representante do povo sírio, disse neste domingo (9) o ministro das Relações Exteriores do país, Walid Al-Moallem.
Publicado 09/10/2011 22:05
"O que eles (Conselho Nacional) fazem não me interessa. Nossa posição é: adotaremos medidas duras contra qualquer Estado que reconheça este conselho ilegal", disse ele.
O ministro não deu mais detalhes de como seriam as represálias, mas analistas dizem que é possível que ele se refira a medidas diplomáticas.
Moallem fez as declarações durante uma entrevista coletiva de imprensa junto com ministros de outros países latino-americanos incluindo Venezuela, Bolívia, Equador e Cuba que visitaram a Síria para manifestar apoio ao governo do presidente Bashar al-Assad.
Na semana passada sete facções sírias apoiadas por países imperialistas e reacionários anunciaram a formação de uma coalizão. A medida foi elogiada por países ocidentais, mas nenhum reconheceu formalmente o Conselho Nacional Sírio (CNS) como representante do povo do país.
O CNS foi anunciado na vizinha Turquia, pelo presidente da entidade, Chairman Burhan Ghalioun.
Ele disse que o CNS seria "um grupo independente personificando a soberania do povo sírio em sua luta pela liberdade".
Analistas ressaltaram as similaridades com o Conselho Nacional de Transição (CNT) da Líbia, que conquistou reconhecimento internacional ao se opor a Muamar Kadafi.
Da redação, com agências