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Protestos anti-Wall Street se espalham por 68 cidades

Os protestos anti-Wall Street – iniciados há quatro semanas no coração do distrito financeiro de Nova York – ganham vulto a cada dia e se estende, nesta segunda (10), a mais de 68 cidades dos Estados Unidos, incluindo Washington, Los Angeles, Chicago, Miami e Dallas.

Segundo o site digital Occupytogether, até o último sábado, as ações similares a "Ocupar Wall Street" se replicavam rapidamente. Em Washington, por exemplo, dezenas de membros do grupo "Occupy DC" dormem em uma praça do centro de negócios da cidade.

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Neste 8 de outubro, pelo menos uma pessoa foi atingida com spray de pimenta por seguranças durante manifestação que obrigou o fechamento do Museu Smithsoniano National do Ar e do Espaço, na capital.

Também foram relatados o uso de gás lacrimogêneo e a prisão de uma mulher, quando mais de uma centena de pessoas tentava entrar no prédio com bandeiras, depois de viajar da Plaza da Liberdade, perto da Casa Branca, ao longo do National Mall, até o Capitólio.

Enquanto isso, na Filadélfia, os manifestantes marcharam a partir de um acampamento improvisado em frente à prefeitura, onde permaneciam desde quinta-feira, no que eles chamavam de "Occupy Philadelphia".

A ocupação massiva de Wall Street não diminui, alertou em sua edição de domingo o site do jornal californiano La Opinion.O movimento conseguiu ampliar seu espectro nos últimos dias, quando recebeu o apoio dos sindicatos.

Randi Weingarten, presidente da Federação Americana de Professores, disse à CBS News, que não se pode criar uma sociedade onde "um por cento tem, basicamente, toda a riqueza."

Um editorial do The New York Times alertou que a mensagem é óbvia: desde que a economia entrou em recessão, só os ricos se recuperaram e prosperaram, mas "o problema é que ninguém em Washington tem escutado".

Nos Estados Unidos, a taxa de desemprego para os jovens menores de 25 anos com ensino superior atinge, em média, 9,6 % no último ano; para os jovens egressos do ensino médio, a taxa fica em torno de 21,6%.

No entanto, estes números não incluem os jovens formados que estão empregados, mas em locais mal pagos que nem sequer exigem graus, segundo o jornal.

Por sua vez, a taxa de desemprego nacional está ancorada em 9,1%, o que significa quase 14 milhões de pessoas sem trabalho.

Quando os manifestantes dizem que representam 99% dos americanos, eles estão se referindo à concentração de renda na sociedade profundamente desigual de hoje, disse o Times.

O presidente Barack Obama admitiu nesta quinta-feira que o espírito que inspira os protestos em Wall Street (agora alargado a muitas cidades no país) respondem a um sentimento de frustração dos norte-americanos.

Com Prensa Latina