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Líder do PCdoB defende trabalho do Ministério do Esporte

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Osmar Júnior (PCdoB-PI), fez discurso no plenário da Casa, na noite desta quarta-feira (19), para rebater as denúncias contra o ministro do Esporte, Orlando Silva. E, em resposta às denúncias, ele destacou o trabalho positivo do Ministério que resultou no bom desempenho da delegação brasileira nos Jogos Pan-Americanos, que já coleciona 33 medalhas, colocando-se na segunda posição.

"Esta é a maior delegação brasileira que participa dos Jogos Pan-Americanos e, pela primeira vez, 40% dos atletas que integram esta delegação, estão sendo treinados e formados com base no Programa Bolsa Atleta, que foi aprovado por lei nesta Casa e executado pelo Ministério do Esporte, sob o comando do ministro Orlando Silva, e o Brasil sob o comando da Presidenta Dilma”, afirmou o líder.

Sobre as denúncias contra o ministro Orlando Silva, ele manifestou mais uma vez a posição do Partido, “de que precisamos imediatamente de esclarecimento”, afirmou, esclarecendo que “está hoje na mão da Polícia Federal e do Ministério Público a responsabilidade de esclarecer o fato e apresentar os responsáveis por desvios — se ocorreram. E nós sabemos que na entidade comandada pelo denunciante ocorreram desvios”.

O líder disse ainda, sobre a vinda do policial João Dias para prestar depoimento na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, que “nós, do PCdoB, não temos nenhuma preocupação com o que ele venha a falar, mas estranhamos o fato de ser aprovado, numa Comissão desta Casa, um convite para a vinda de um cidadão que não tem responsabilidade pública, um cidadão que está denunciado na Justiça por desvios de recursos públicos, um cidadão que não tem nenhum elemento que justifique a sua presença nessa Comissão”.

E demonstrou estranheza o fato de que, tendo a Polícia Federal instaurado o inquérito e tendo o denunciante sido convocado para prestar esclarecimentos naquela Polícia, ele lá não tenha ido, alegando doença. E logo em seguida, esteve na Casa para reunir-se a portas fechadas com deputados de oposição. “Por que é que ele não foi na Polícia prestar os esclarecimentos e levar suas provas?” indaga o parlamentar.

“É estranho também para nós ouvir a notícia de que ele não foi à Polícia Federal e a notícia de que ele não se dispôs a vir aqui amanhã (esta quinta-feira), em atendimento ao convite da Comissão de Fiscalização, porque ele tem um contrato de exclusividade acerca do que ele chama de provas com uma revista de circulação nacional em nosso País. Essa é uma questão que nós não podemos aceitar”, enfatizou o parlamentar.

Para o líder, “o PCdoB está aqui lutando para que, o mais rapidamente possível — seria bom que fosse imediatamente —, sejam esclarecidas as afirmações feitas por aquele cidadão na reportagem da revista Veja”.

Apoios recebidos

E agradeceu o apoio recebido “de muitos cidadãos e cidadãs brasileiros; de muitos parceiros políticos; até de oposicionistas, que reconhecem o trabalho do ministro Orlando Silva, um trabalho coerente, correto, que reconhecem na atuação do PCdoB, mesmo em momentos de divergências, a atuação de um partido que quer, que acredita na construção de um País melhor”, registrando também “o apoio da Presidenta Dilma, que, logo no primeiro momento, reafirmou sua confiança no Ministro”.

O líder avalia que a partir da denúncia inicial, “se faz uma forte e dura campanha contra o Ministro e contra o seu partido, o nosso partido, o PCdoB. Mas, quando se observam as matérias, não há apresentação de nenhuma prova”.

Para, em seguida indagar: “Porque, neste momento, um Ministro de Estado é submetido a esses ataques? Porque está sendo dado espaço a acusações de pessoas que estão devendo, elas, sim, ao País, porque firmaram convênios, porque receberam dinheiro público, porque não prestaram contas e, por isso mesmo, hoje a Justiça já está a exigir que seja devolvido esse dinheiro”.

O líder conclui sua fala aos deputados, insistindo que “nós, do PCdoB, queremos o esclarecimento total dessas denúncias. Mais do que nós quer esclarecimento a Presidente Dilma, que quer o seu Governo limpo e trabalha por isso — e da nossa parte tem todo o apoio —, mais até do que o Ministro Orlando, que teve a sua honra atingida. O PCdoB é um partido que tem 90 anos de história, que enfrentou as mais importantes batalhas da vida política brasileira e que não vai aceitar ser jogado na vala comum”.

De Brasília
Márcia Xavier