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Candidato progressista é eleito prefeito de Bogotá, na Colômbia

Neste domingo (31) os colombianos foram às urnas para eleger 32 governadores e 1.102 prefeitos, além de 418 deputados, 12.063 conselheiros municipais e 4.627 representantes de bairros. Na capital Bogotá, segundo posto mais importante do país, depois da presidência, foi eleito Gustavo Petro de 51 anos, ex-combatente do atualmente extinto grupo rebelde de esquerda M-19 e conhecido pelo combate à corrupção.

Petro - Guillermo Legaria/France Presse

"Bogotá demonstra que o melhor para a Colômbia é o pluralismo, que a diversidade é a base da democracia e isso nos obriga, e é nossa responsabilidade, apesar da diversidade ou graças à ela, entrarmos em um acordo", disse Petro, afirmando que trabalhará em proximidade com o presidente Juan Manuel Santos. "O movimento progressista será a primeira força em Bogotá", completou.

De acordo com o editor-chefe do jornal colombiano El Tiempo, Ernesto Cortés Fierro, “se trata de uma conquista significativa para o movimento Progressista, de centro-esquerda”. Segundo ele, os grandes derrotados neste pleito foram o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, o conservadorismo e o Partido Verde. Uribe deixou a presidência 14 meses atrás com 75% de aprovação e depois disso vem se mantendo nos bastidores como figura política influente.

Petro conseguiu aglutinar votos de todas as tendências, incluindo as de seu partido anterior, o Pólo Democrático Alternativo (PDA).

O feito do novo prefeito da capital colombiana é histórico, porque se elege sem partido e contra aqueles que foram seus companheiros até pouco mais de um ano no Pólo Democrático Alternativo, agremiação que o lançou ao plano político nacional. Nas primárias, o partido escolheu Aurelio Sánchez como candidato, mas Petro foi apoiado pela maioria dos eleitores do Pólo.

Agora, o principal desafio de Petro está na administração econômica da capital. Bogotá mostra avanços na área social: educação gratuita, redução da pobreza, alimentação para amplos setores populares, etc. Em seus discursos, ele defendeu “uma cidade mais humana, ambientalmente sustentável, que diminua a distância entre ricos e pobres. Esse discurso, no entanto, se choca muitas vezes com o do Governo Nacional, comandado por Juan Manuel Santos.

Com informações do El Tiempo e da Telesur