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Inep pode ampliar número de provas aplicadas do Enem

A  presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Malvina Tuttman, disse ontem (31), que o vazamento de algumas questões das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2011 somente ocorreu com os alunos do Colégio Christus, em Fortaleza. "Não há qualquer indício seguro de que tenha havido também envolvimento dos alunos do cursinho pré-vestibular da mesma instituição, ou de alunos de outras instituições de ensino da capital cearense", dsse a presidente do Inep.

Contudo, caso a Polícia Federal chegue a uma conclusão de que houve vazamento das questões além desse recorte, o Inep poderá ampliar o número de provas canceladas e, da mesma forma, oferecer a esses estudantes a oportunidade de refazer a prova nos dias 28 e 29 de novembro.

A professora Malvina Tuttman concedeu uma entrevista coletiva no auditório do Banco Central, em Fortaleza. “Estamos confiantes na decisão do juiz da 1ª. Vara da Justiça Federal do Ceará. Fornecemos todos os esclarecimentos e subsidiamos a Justiça Federal. Agora cabe a ela decidir”, disse Malvina.

Ela tranquilizou todos estudantes de que não será necessário realizar uma nova prova para todos os inscritos em todo país. "Queremos tranquilizar a todos os estudantes e suas famílias no sentido de que nossas alegações são fortes e o nosso convencimento é de que o problema está restrito apenas a um grupo de alunos de um colégio em Fortaleza” – destacou a presidente do Inep.

Ela também reforçou o argumento de que a decisão do Inep foi técnica e pedagógica. “Não queremos punir os estudantes do Colégio Christus, pois temos certeza de que eles não tiveram nenhum envolvimento. Por isso, estamos oferecendo a eles a possibilidade de refazer a prova, sem custos. Do mesmo jeito que procedem os organizadores de exames similares em todo o mundo”, afirmou ela.

Malvina Tuttman reiterou também que a aplicação da prova, elaborada com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), nos dias 28 e 29 de novembro, não favorece nem prejudica nenhum dos candidatos.

“A prova mede o mesmo nível de conhecimento e pode ser comparada no tempo.” Ela lembrou o caso das enchentes em 2009, no Espírito Santo, e dos alunos que foram prejudicados por erros de impressão em 2010. “Todos fizeram a prova e ninguém reclamou que a prova estava mais fácil ou mais difícil. Até porque não estava. Calibrada pela TRI, as provas tem o mesmo nível de dificuldade.”

Com relação ao Banco Nacional de Itens, Malvina Tuttman reinterou que a quantidade de itens divulgados (20 mil para todos os exames e seis mil exclusivamente para o Enem) são suficientes e seguros para a aplicação das duas provas previstas para 2012.

da redação, com informações do MEC