MST defende que Código Florestal proteja agricultores familiares
O representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), José Batista de Oliveira, defendeu que o novo Código Florestal — em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado —inclua medidas de proteção aos agricultores familiares, aí incluídos assentados de reforma agrária, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, entre outros.
Publicado 01/11/2011 10:07
Para o representante do MST, a preservação de florestas não pode ser vista como conflitante com a produção de alimentos.
“A preservação ambiental joga a favor dos camponeses, assentados, indígenas, quilombolas e ribeirinhos, e também da sociedade brasileira, que quer a produção de alimentos mais saudáveis”, afirmou.
Na opinião de Oliveira, para que o país consiga ampliar a produção de alimentos, precisa mudar o modelo agrícola brasileiro, que avançou sobre os recursos naturais,
“E não desmatando, envenenando [com uso de agrotóxicos] ou usando práticas arcaicas como o trabalho escravo”, ressaltou.
Ele pediu aos senadores que façam a reforma do Código Florestal "sem pressa", para que o "interesse econômico não passe o trator sobre os interesses da sociedade".
Fonte: Agência Senado