Correa: Banco Mundial sempre condicionou América Latina
O presidente equatoriano, Rafael Correa, reiterou que o Banco Mundial sempre condicionou os países da América Latina, porque para isso não são necessárias bombas nem tanques mas dólares, e isso é o que fazem junto ao FMI.
Publicado 02/11/2011 11:26
Até quando vamos aguentar isto, perguntou em uma conversa com jornalistas em Guayaquil.
Isso é o que exigem nossos povos, os indignados, disse em resposta a um editorial do jornal argentino La Nación que critica sua atuação.
Ao se referir a sua saída da sessão em rejeição à conferência de uma servidora pública do Banco Mundial na Cúpula Ibero-americana realizada no sábado passado em Assunção, Paraguai, Correa considerou que há muita hipocrisia e cinismo.
Exortou os argentinos a se perguntarem quem foram os que apoiaram incondicionalmente o ex-presidente Carlos Menem, às privatizações, à convertibilidade, e a tudo aquilo que destruiu a Argentina.
Que o jornal La Nación recorde isso aos argentinos, disse Correa, e perguntou qual foi o papel do Banco Mundial, ou no Peru com as privatizações feitas por Fujimori, para fustigar depois essa burocracia internacional tão terrível que nunca fez mea culpa.
Recordou que, precisamente, o movimento mundial dos Indignados rejeita enfaticamente as políticas do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional, e qualificou de intolerável o que ocorreu na Cúpula de Assunção.
É uma falta de respeito para os presidentes, criticou Correa, que façam falar primeiro à burocracia internacional, e perguntou se acaso viajou a Assunção para escutar Pamela Cox, vice-presidente do Banco Mundial, ou para escutar os meus colegas chefes de Estado de Estados iberoamericanos.
Que não nos obriguem após tanto sofrimento, tanta tragédia na América Latina a escutar as aulas de política econômica dos causadores dessa tragédia, enfatizou finalmente.
Prensa Latina