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ONU não tem consenso sobre candidatura palestina, diz documento

Um relatório preliminar feito por um importante comitê do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, obtido pela Reuters nesta terça-feira, declarou que os membros podem não chegar a um consenso sobre se a Palestina deve ser aceita como Estado membro da ONU.

"O comitê foi incapaz de fazer uma recomendação unânime ao Conselho de Segurança", afirmou o relatório preliminar do comitê do conselho para a admissão de novos Estados membros.

O documento foi enviado a todos os 15 membros do Conselho de Segurança nesta terça (8).

A minuta de quatro páginas parece confirmar que a iniciativa palestina para se unir ao organismo mundial como membro pleno deve fracassar em razão do impasse insolúvel do conselho. Diplomatas ocidentais disseram que a solicitação estava condenada desde o início em razão da promessa dos EUA de vetá-la caso ela fosse a votação no conselho.

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, inscreveu o Estado da Palestina para a condição de membro pleno da ONU em 23 de setembro.

Os palestinos ainda podem pedir a votação no Conselho de Segurança, mas diplomatas afirmam que não está claro se isso acontecerá, dado que Washington provavelmente não precisará usar seu poder de veto para bloqueá-la.

Os palestinos obteriam uma vitória moral e forçariam Washington a usar o seu veto caso fossem capazes de conseguir nove votos de apoio no conselho. Uma resolução do conselho precisa de nove votos favoráveis — e nenhum veto — para ser aprovada.

Diplomatas da ONU, porém, afirmam que os palestinos até agora conseguiram apenas oito votos.

A minuta detalha como o conselho está dividido em três grupos: os que planejam apoiar a candidatura palestina, os que se opõem a ela e os que planejam se abster de qualquer votação. O texto não identifica os países.

O relatório preliminar pode ainda ser revisado antes de ser formalmente apresentado ao Conselho de Segurança na sexta (11), disseram diplomatas sob a condição de anonimato.

Fonte: Folha