Ex-presos da USP culpam reitor e Alckmin por violência da PM

A mãe de um estudante da USP (Universidade de São Paulo) foi detida na tarde desta terça-feira (8) por xingar um policial militar durante a manifestação organizada em frente ao 91º Distrito Policial, para onde cerca de 70 estudantes detidos durante a reintegração de posse foram levados.

Em ato contra a presença da Polícia Militar na USP, a professora de Filosofia Marilena Chauí faz um breve histórico do processo de repressão na universidade. Ela defende que não basta diretas para reitor. É necessário uma reorganização da universidade para que ela se torne um espaço de participação e decisão coletiva. Apesar de a fala ter sido realizada em 16 de junho de 2009, permanece bastante atual. 

O Ministério Púbico de São Paulo abriu mega-investigação contra a Reitoria da USP, acusada de eventual “violação aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, burla ao acesso de cargo mediante concurso público, lesão aos cofres públicos e improbidade administrativa”. O principal investigado é o advogado João Grandino Rodas, atual reitor da USP, e um dos braços-direitos de Geraldo Alckmin e José Serra.

Em debate organizado pelo coletivo Dar – Desentorpecendo a Razão, a socióloga Vera Telles comenta a militarização e juducialização do cotidiano em SP. O evento foi organizado por ocasião da invasão da PM à USP, onde dois estudantes foram presos por fumarem maconha. O episódio de violência da polícia desaguou em ocupações, mais truculância e expulsão de lideranças estudantis da universidade. Os estudantes da USP continuam em greve.