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Colômbia: Novo protesto contra privatização do ensino superior

Milhares de estudantes colombianos tomam nesta quinta-feira (10) as principais ruas do país, apesar das tentativas do presidente Juan Manuel Santos de frear o protesto. Eles exigem a retirada definitiva do projeto de reforma de lei de Educação Superior que está desde outubro passado no Congresso e que tem um nítido caráter privatizador e pedem a construção de propostas alternativas e a desmilitarização dos centros educativos, assim como o respeito às mobilizações.

De acordo com os organizadores da mobilização, ao menos 150 mil pessoas participam da jornada entre estudantes, professores, indígenas, operários e familiares.

Dessa maneira os estudantes manterão a greve nacional decretada desde 12 de outubro, a qual pôs em xeque o Governo de Santos, que inclusive anunciou que retiraria a reforma caso se finalizasse o protesto.

De acordo com o líder estudantil Jairo Rivera, membro da Mesa Ampliada Nacional Estudantil (Mane), a data para adotar uma decisão frente à proposta do presidente será analisada no sábado (12). A Mane é a única entidade autorizada para definir qual será o rumo da mobilização universitária na Colômbia e as propostas a serem enviadas ao Executivo. Esta determinação – explicou o estudante – foi tomada depois de um encontro que aconteceu em Bogotá.

Em entrevista à Telesul, Jorge Ovallo, um dos jovens secundaristas presentes na manifestação explicou: "nós, os estudantes secundaristas protestamos porque sabemos que somos os futuros universitários. Não fomos consultados sobre esta norma e dizemos ao senhor Santos que a greve não vai terminar".

"É a gente que tem que criar uma proposta de educação superior. (…) Todos vamos seguir mobilizados até que esta reforma caia, e se não cair, vamos fazer uma greve cívica nacional", manifestou o jovem colombiano.

Para os estudantes, o projeto do governo tende a fazer desaparecer a educação pública no país para convertê-la em mercadoria.

Por outro lado, a Mane considera que não basta só retirar a reforma, pois isso não garante que se cumpram outros objetivos traçados pela comunidade estudantil universitária colombiana.

Desde 12 de outubro os educandos declararam-se em greve e realizaram várias passeatas a nível nacional, assim como beijaços, abraços coletivos e panelaços na maioria das universidades do país, protestos as quais também se somaram os centros privados.

Fonte: Telesur e Prensa Latina