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Unegro inicia seu 4º congresso, em Brasília

O Ministro Interino Mário Teodoro, da Secretaria de Promoção pela igualdade Racial (Seppir), lamentou que o crescimento econômico do Brasil nos últimos anos não tenha incorporado a população negra, que continua à margem da inclusão social. A declaração foi dada durante a abertura do 4º Congresso Nacional da Unegro, nesta sexta-feira (11), pela manhã, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília.

“A importância dos movimentos sociais, como a Unegro é fundamental para a estrutura do atual governo. E a Seppir é parte integrante deste processo na reivindicação por uma política de igualdade racial.”, destacou o ministro interino.

Já o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, saudou os cerca de 800 participantes do encontro, promovido pela União de Negros pela Igualdade (Unegro), com o tema Negros e negras compartilhando o poder. “Neste primeiro ano de implantação do Estatuto da Igualdade Racial, toda a nação brasileira precisa se apropriar deste diploma, não só a população negra”.

Paulo Cordeiro, subsecretário-geral de Política do Ministério das Relações Exteriores para África e Oriente Médio, também presente, foi muito aplaudido ao fazer um retrospecto da história do povo brasileiro, desde o Tratado de Tordesilhas. “O Tratado de Tordesilhas, que dividiu as terras de Portugal e Espanha, com uma linha de demarcação de Cabo Verde na África é a certidão de nascimento do brasileiro”, afirmou.

Ele também destacou a importância da cooperação entre Brasil e a África nas esferas econômicas e sociais. Atualmente, o Brasil tem embaixadas em 37 dos 54 países africanos e a representação diplomática dos africanos no país é de 33 embaixadas e consulados.

“Essa cooperação entre as nações africana e o Brasil é extremamente importante para o enriquecimento de ambos os continentes. O continente africano é o que mais cresce no mundo. Hoje convivemos com o renascimento da África e podemos enriquecer mutuamente”, destacou Cordeiro.

A vereadora Olívia Santana (PCdoB-BA), empolgou os participantes ao falar da força e capacidade do povo negro e que, portanto, precisam ocupar cargos no primeiro escalão do governo. Ressaltou que é preciso fortalecer as entidades negras em todo país para efetivar a força.

“A SEPPIR precisa de dinheiro para que as políticas públicas de inserção do povo negro sejam verdadeiramente aplicadas, não podemos ficar só na elaboração destas políticas”, conclamou a líder baiana do movimento negro.

Acompanhe o evento, que vai até domingo (13), na página da entidade: Unegro

Fonte: Unegro