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Peru debate governo de trabalhadores para reverter crise mundial

A Confederação Geral dos trabalhadores do Peru (CGTP) iniciará nesta quarta-feira (16) seu 13º Congresso, em que debaterá propostas para enfrentar a crise financeira internacional, com relação aos direitos sociais.

A reunião vai congregar cerca de 700 delegados de quase todas as regiões peruanas e contará com a presença de 31 convidados estrangeiros, que realizarão uma Conferência Internacional sobre essa crise.

O secretário geral da CGTP, Mario Huamán, indicou que o Congresso tem a previsão de discutir e aprovar uma série de recomendações para enfrentar a crise, as quais serão apresentadas ao governo, como contribuição dos trabalhadores.

Adiantou que as abordagens não vão tratar apenas aspectos econômicos e financeiros, porque a crise é integral, mas também vão abordar temas de ecologia, energia e recursos hídricos, entre outros.

Assinalou também que os trabalhadores devem manter-se unidos para lutar com o objetivo de que a presente situação não afete as maiorias.

O congresso acontecerá até o próximo sábado (19) e definirá o papel da CGTP para enfrentar a crise.

Recursos armamentistas devem ter fins sociais

A reunião tem como principal convidado estrangeiro o secretário geral da Federação Sindical Mundial (FSM), George Mavrikos, também parlamentar grego.

Mavrikos demandou ontem a redução dos gastos militares de todos os países para enfrentar a crise econômica internacional, pois são improdutivos e de maneira alguma favorecem os setores afetados, principalmente os trabalhadores.

Após ressaltar que os recursos destinados a armamentos devem ser dedicados a fins sociais, criticou os governos que, frente à crise, aplicam medidas que prejudicam os trabalhadores, como as demissões massivas de funcionários públicos ou a redução de salários.

Segundo Mavrikos, a presente crise demonstra o fracasso do modelo capitalista, que deve dar lugar a outro não relacionado ao neoliberalismo, que entregue o poder aos trabalhadores.

Admitiu ainda que apenas mudanças estruturais no Estado e a força dos trabalhadores podem reverter a crise capitalista.

Fonte: Prensa Latina
Tradução: Da redação do Vermelho,
Vanessa Silva