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EUA decidem acelerar recuo militar do Iraque

O Pentágono decidiu nesta sexta (25) aumentar a velocidade de recuo das tropas no Iraque e np Kuwait, em meio a queixas da monarquia deste último país sobre a permanência de soldados norte-americanos em seu território.

O Comando Militar distribuiu uma instrução para os efetivos cruzarem do Iraque para o Kuwait e daí para os Estados Unidos no modo mais discreto e no menor tempo possível, informou a cadeia CNN.

O movimento do Departamento de Defesa tem sido tratado por analistas de imprensa como uma resposta de Washington a recentes comunicados de autoridades de Kuwait contrários ao incremento de unidades estacionárias norte-americanas.

A ordem também se segue à decisão do presidente Barack Obama, de outubro, quando ele decretou que virtualmente todos os elementos castrenses nessa zona do Oriente Médio deviam regressar aos Estados Unidos antes de 31 de dezembro.

Atualmente, 11 mil soldados estadunidenses ficam no Iraque, quase a quinta parte dos 50 mil que estavam lá há três meses, e, segundo a Casa Branca, a partir de janeiro permanecerão somente 150 militares. Embora fontes do Pentágono tenham esclarecido que ao menos cerca de dois mil assessores civis do Exército, além de centenas de contratistas privados – qualificados como mercenários por vários especialistas – cumprirão, a partir de 2012, muitas funções de envolvimento militar.

Desde finais de outubro, ao começo da evacuação, cerca de três mil soldados norte-americanos foram reagrupados na base Camp Virginia, instalada em uma região do Kuwait próxima no ponto fronteiriço de onde se iniciou a agressão contra Iraque em 2003.

O presidente Obama autorizou em 21 de outubro o recuo total de tropas estadunidenses do Iraque, no capítulo final de uma invasão iniciada há nove anos, com a desculpa de neutralizar armas atômicas ilegais que jamais apareceram.

Assim concluiria uma guerra desigual que causou ao redor de 100 mil mortos entre civis e militares de ambas as nações, e um furo no bolso do contribuinte norte-americano quase impossível de medir pela quantidade de dígitos.

Durante o mandato do ex-presidente George W. Bush, comitês do Congresso indicaram que a intervenção a Iraque custaria 50 bilhões de dólares. Mas, em maio deste ano, o Departamento de Defesa admitiu que os custos reais foram de 12,5 bilhões mensais.

Fonte: Prensa Latina