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Organização denuncia falsificação de dados sobre vítimas na Síria

Um jornalista francês radicado na Síria e citado nesta quinta-feira (2) pelo canal de televisão Russia Today (RT) denunciou que os dados que apontam a morte de 3.500 pessoas, na suposta repressão exercida por Damasco contra manifestações antigovernamentais foram falsificados.

Thierry Meyssan, que reside no país do Oriente Médio, assinalou que a grande maioria dos supostos mortos estão vivos e seus nomes foram tomados, na base do acaso, de uma lista telefônica e apresentados por uma organização não governamental de defesa dos direitos humanos de reputação "bastante duvidosa".

Por muita insistência da imprensa, declarou Meissan à versão em espanhol da RT, os apresentadores dos referidos relatórios, elaborados diariamente, publicaram uma listagem de 100 pessoas. A primeira na lista estava viva e assim ocorreu com outros 40, denunciou.

O jornalista francês assinalou que depois se descobriu que o chefe da ONG morava em Londres, nasceu ali, contava com vários passaportes e estava diretamente vinculado à organização Irmãos Muçulmanos, que é protagonista de uma guerra aberta por mais de 30 anos na Síria.

No entanto, diariamente a organização oferecia dados de um número crescente de vítimas, em sua maioria civis, causadas pela suposta repressão das autoridades sírias, informações as quais serviram de base para um relatório sem dados precisos da ONU.

Thierry assegura que a violência é gerada em grande parte pelas ações de grupos armados que realizam ataques contra postos policiais, edifícios governamentais e aterrorizam a população, como recentemente reconheceu o ministro russo do Exterior, Serguei Lavrov.

A emissra RT mostrou como a imprensa de alguns estados árabes manipula a informação para amplificar o ambiente antissírio de propósito e artificialmente, enquanto continua o fornecimento de armas procedentes do exterior, sobretudo, através do Líbano e da Turquia.

Além disso, especialistas em Oriente Médio, como Peter Eyere, indicaram que a França treina uma milícia antissíria na Turquia, entre outras ações que demonstram a ingerência preparada nos assuntos internos do estado.

Concretamente, Meissan afirma que o tal observatório de Direitos Humanos citado, quando percebeu que sua credibilidade estava cada vez menor, resolveu criar outra organização, diretamente subordinada ao autoproclamado Conselho Nacional Sírio.

O canal russo assinala que grande parte do relatório sobre a Síria apresentado perante o Conselho de Direitos Humanos se baseia em dados proporcionados pela mencionada organização.


Com informações da Prensa Latina