Balanço da atuação partidária

II – Balanço da Atuação Partidária
1. A direção cessante do PCdoB-DF teve como tarefa central o desafio da reestruturação do projeto político-organizativo partidário no Distrito Federal. Partiu de uma situação de poucas perspectivas político-eleitorais e fragilidade orgânica, e considera que a obra realizada até o momento e ainda inconclusa foi, em seu conjunto, bem sucedida.
2. A Comissão Política e o Comitê Regional foram reforçados como centro político de orientação geral para as bases partidárias. A Comissão Política funcionou com regularidade, convocando o Comitê Regional e o coletivo partidário para suas principais deliberações. As várias secretarias, contudo, tiveram funcionamento desigual e irregular, apesar dos esforços de seus dirigentes.
3. O Comitê Regional realizou onze reuniões durante a gestão, sempre com convidados, ampliando a participação partidária, com o comparecimento médio de 73% de seus integrantes. Durante o período, dois integrantes do Comitê saíram do Partido e um, João Lopes, mudou de Estado. Portanto, o CR começou a gestão com 39 membros e terminou com 36.
4. Mesmo com relativa dispersão, os fóruns partidários se tornaram mais prestigiados e ampliados. As reuniões regulares se converteram em uma marca e as suas decisões foram cumpridas e encaminhadas. Mecanismos como planejamento estratégico, resoluções de orientação geral, encontros de elaboração coletiva foram mais frequentes, estimulando a militância.
5. Na grande batalha eleitoral de 2010, o Partido contribuiu com energia e entusiasmo para a eleição de Dilma presidenta e Agnelo governador. Foram vitórias fundamentais para dar curso às transformações que o Brasil vem vivendo e iniciar um novo tempo no Distrito Federal. Depois de uma crise profunda no GDF, o PCdoB participou com altivez da luta pela democratização e transparência da administração distrital.
6. Merecem destaque os esforços para organizar uma chapa de mais de 30 candidatos a deputado distrital e do candidato a deputado federal, unidos em torno de Dilma e Agnelo. Foi uma grande vitória da ousadia dos comunistas do DF. Num quadro de dificuldades, colocamos uma campanha na rua. Lançamos várias lideranças. O resultado foi modesto e insuficiente, mas oxigenou as fileiras partidárias, sendo importantíssimo na sequência dos acontecimentos políticos que levaram o PCdoB-DF a ocupar os espaços institucionais atuais.
7. Ainda persiste a pouca organização partidária em grande parte das cidades do DF. No entanto, a direção buscou de maneira coletiva e fraterna enfrentar a situação com planejamento. Foi estruturado o Departamento de Quadros do DF e os filiados são convocadas a contribuir com os trabalhos. O desafio de tornar os organismos de base o centro da vida e do debate partidário, irradiador do nosso Programa e das nossas propostas, continua presente.
8. A direção também teve sucesso na recuperação financeira e na estruturação administrativa ainda em curso. Salários dos colaboradores estão em dia, as dívidas foram equacionadas e ocorreram investimentos em equipamentos. O Boletim do PCdoB-DF voltou a ser editado. O Partido também voltou a participar da Rede Social na Internet, com atualizações no Facebook e no Twitter. Foram realizadas atividades para ampliar a compreensão do socialismo científico e dos métodos da organização leninista, bem como debates sobre assuntos importantes para a elaboração de uma plataforma política para o Distrito Federal.
9. Nos movimentos sociais, as entidades CTB, UJS, UBM e UNEGRO funcionam com regularidade. Na área sindical, a direção acompanhou as lutas e atividades das categorias e as disputas eleitorais nas entidades. Nossa juventude, combativa e aguerrida, organizou e participou de grandes mobilizações nacionais e locais em defesa da educação e do transporte de qualidade. Teve atuação destacada no movimento Fora, Arruda! Nesta frente, vivenciamos um processo de renovação que gera um grande desafio para os atuais dirigentes juvenis.
10. A reestruturação do projeto político partidário foi conduzida com determinação e firmeza e necessita de continuidade e avanços. Garantir uma direção cada vez mais forte e coesa em âmbito regional, dando melhor acompanhamento das frentes sociais e estruturando as direções das principais cidades do DF são desafios permanentes, que continuarão na próxima gestão.
11. Diante dos resultados e de forma abrangente, a direção se conduziu bem no enfrentamento dos desafios e das grandes batalhas, acertou na tática e tratou das dificuldades com habilidade, flexibilidade e respeitando os princípios partidários. O curso do projeto político-partidário abre um novo ciclo de acumulação de forças a partir da 16ª Conferência Regional. É necessário cuidar cada vez mais e melhor da organização para construir um partido mais forte, influente e estruturado pelas bases no Distrito Federal. Para isso, a direção cessante propõe alguns objetivos de planejamento para a nova gestão: