Conferência coroa êxito do PCdoB-DF

O Partido Comunista do Brasil no Distrito Federal realizou com êxito, sábado, 3, na Câmara dos Deputados, sua 16ª Conferência Distrital. Cerca de 200 pessoas, entre delegados e convidados, passaram o primeiro sábado do mês de dezembro discutindo o desenvolvimento do Brasil, do DF e os desafios do Partido.

Conferência coroa êxito do PCdoB-DF - Richard Silva

Representando o Comitê Central, a deputada federa Jô Moraes (MG) saudou os delegados à plenária, “especialmente por vocês construírem o nosso Partido aqui, no coração do Brasil, na nossa capital”. Jô abordou a crise internacional do capitalismo, “que está se agravando ainda mais e quem busca debelá-la são exatamente os seus causadores, que investem contra os direitos sociais dos trabalhadores da Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Estados Unidos”. A dirigente nacional destacou a necessidade de o Brasil “construir um novo pacto político para enfrentar a crise. Um pacto para preservar os direitos sociais, valorizar os salários e garantir investimentos em infraestrutura. O enfrentamento da crise deve ser com desenvolvimento, ampliação do consumo popular para contrapor as perdas que teremos no mercado externo. Ousar mais e debelar a crise, com o nosso desenvolvimento”.

Augusto Madeira, presidente do PCdoB/DF, apresentou o documento “Promover o Desenvolvimento com Igualdade, Democracia e Sustentabilidade”, que traz as propostas dos comunistas para o desenvolvimento do Distrito Federal. “Nós já somos a sétima economia do país, temos o maior índice de qualidade de vida, mas também somos a unidade federativa com maior desigualdade social. Nosso vigoroso crescimento tem que ser acompanhado de justiça social”, ressaltou Madeira. As propostas estão dividias em cinco eixos: o DF como pólo de desenvolvimento regional sustentável; como pólo do esporte nacional; como pólo de qualidade de vida e bem viver; como pólo cientifico e tecnológico; e como pólo de cultura da paz. Discutida pelos militantes no processo de conferência a resolução política.

Ato político

Com a presença do governador Agnelo Queiroz; da primeira-dama, Ilza Queiroz; do deputado federal Policarpo, presidente do PT-DF; do presidente do PRB-DF, Roberto Wagner; da secretária da Mulher do GDF, Olgamir Amancia; de Messias de Souza, administrador de Brasília e dos presidentes municipais do PCdoB, o ato político foi o ponto alto da conferência.
Ao relatar a tentativa das forças conservadoras de desestabilizar o governo, Agnelo Queiroz ressaltou a importância do PCdoB e da ampla aliança dos partidos em torno do projeto de mudança no Distrito Federal.
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) também destacou lideranças para saudar o evento. “Conhecemos a história do PCdoB, companheiros que tratam a coisa pública com respeito. É importante ter um PCdoB forte, atuando no cenário de Brasília”, enfatizou Marcos Dantas, presidente do PSB-DF. O senador Rodrigo Rollemberg declarou o respeito de seu partido ao PCdoB. “Temos a compreensão da importância de fortalecer os partidos de esquerda”, disse o Senador.
Em viagem para Bruxelas, o senador Cristovam Buarque (PDT) encaminhou mensagem aos participantes do encontro. “Desta vez, lamentavelmente, estou fora de Brasília e não poderei comparecer pessoalmente. Mas não poderia deixar de enviar esta mensagem para manifestar meus respeitos e minhas esperanças com esse partido heróico”.
A conferência foi acompanhada por Fabiana Costa, da secretaria nacional de organização do PCdoB, e por Rafael Hidalgo, representante da Embaixada de Cuba do Brasil e membro do Partido Comunista Cubano.

Organização partidária

Para o secretário de organização, Alan Bueno, os objetivos político-organizativos traçados foram alcançados com êxito. “O PCdoB realizou conferências em 11, das 30 cidades do DF, reuniu mais de 600 pessoas e elegeu 153 delegados”, informou.
Resultado final
Eleita com o voto de quase 100% dos delegados, a nova direção do PCdoB/DF, tem 51 membros e a presença de mais de 37% de mulheres. O advogado Augusto Madeira foi reconduzido à presidência do Partido e elencou os próximos desafios, “temos pela frente as eleições para reitor da UnB, de conselheiros tutelares, das prefeituras do entorno. Essa nova direção dará um tratamento diferenciado aos movimentos sociais.”

Renata Aline e Carlos Pompe, de Brasília