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Paquistão vai rever acordos que tem com os Estados Unidos

O premiê do Paquistão, Yousuf Raza Gilani, reiterou nesta segunda-feira (5) que seu país vai reconsider os acordos militares assinados com os Estados Unidos, o Pacto Militar do Atlântico Norte (Otan) e a Força Internacional de Assistência no Afeganistão (ISAF).

Gilani anunciou que nos próximos dias o Parlamento também avaliará outras questões importantes da política externa e da segurança nacional, como o programa nuclear e a disputa com a Índia com relação à Cachemira.

Sobre as relações com os Estados Unidos afirmou que em sua conversa telefônica do último fim de semana com a secretária de Estado Hillary Clinton manifestou claramente que nenhum acordo pode comprometer a soberania do país e que esse será o princípio reitor das relações bilaterais.

Nenhuma decisão será tomada a partir de um telefonema de Washington, ressaltou.

As relações entre ambos os países estão no nível mais baixo em uma década, depois que em 26 de novembro aviões do Pacto Militar metralharam dois postos de controle na fronteira com o Afeganistão e mataram 13 soldados paquistaneses.

Pouco após o ataque, Islamabad ordenou o fechamento das passagens por onde flui a maior parte do combustível e dos suprimentos para as forças ocupantes do Afeganistão, e exigiu dos Estados Unidos a retirada de seus drones da base de Shamsi (noroeste do país), um processo que, segundo informes de imprensa, já começou ontem.

Gilani apontou que o Parlamento também avaliará as consequências de um memorando secreto mediante o qual, supostamente, se pedia ajuda aos Estados Unidos diante de um eventual golpe de estado após a morte de Osama Bin Laden no último 2 de maio.

Assegurou que o tema foi gerido de maneira desproporcional e pode ser resolvido pelo Legislativo sem a necessidade de levá-lo a um tribunal, e negou que o chamado "memogate" tenha criado uma crise no país.

Sobre a administração do arsenal nuclear paquistanês, um assunto que tem gerado preocupação em Washington, assegurou que está "em boas mãos", sob a jurisdição absoluta do premiê em sua condição de chefe máximo do Comando e da Autoridade de Controle.

Fonte: Prensa Latina