Vice-presidente do Peru é afastado sob suspeita de corrupção
O Congresso peruano suspendeu nesta segunda-feira (5) o congressista e segundo vice-presidente do país, Omar Chehade, acusado de corrupção de suas funções como parlamentar, intensificando a pressão para que ele renuncie a ambos os cargos.
Publicado 06/12/2011 10:09
Após mais de duas horas de debate, com 103 votos a favor, um contra — do próprio Chehade — e cinco abstenções, o Congresso decidiu suspender o vice-presidente por 120 dias. Os parlamentares que votaram a favor do afastamento seguiram um informe da Comissão de Ética, presidida por Humberto Lay Sun.
Chehade está sendo acusado de ter se reunido em um restaurante em Lima com alta cúpula da polícia para supostamente exercer pressão para que se realizasse o despejo dos trabalhadores da empresa açucareira Andahuasi, que a administram por ordem judicial, para entregar a companhia ao grupo empresarial Wong, um dos acionistas em conflito.
A consequência da denúncia que a imprensa fez sobre o encontro que provocou um escândalo no partido de governo, o presidente Ollanta Humala pidiu a Chehade no último dia 6 de novembro para que ele deixasse o cargo por sua própria vontade para assumir a defesa frente às acusações de tráfico de influências.
Humala deixou claro que rompeu com o vice e disse não ter "nenhuma relação com ele neste momento". O político, no entanto, se diz inocente e resiste aos apelos para que renuncie — já que apenas o Congresso, e não Humala, tem poderes para cassá-lo.
Com informações de agências