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Termina estado de exceção em territórios paraguaios

O ministro paraguaio do Interior, Carlos Filizzola, reafirmou a decisão do governo de manter forças militares nos departamentos de Concepción e San Pedro, territórios onde termina neste sábado (10)  o estado de exceção.

"Não vamos baixar a guarda", assegurou em declarações à emissora Primeiro de Março e reproduzidas pela agência IPParaguay.

O secretário de Estado ratificou que pelo fato de neste sábado terminar a medida, após dois meses, não significa que recuarão.

Filizzola expressou que manterão na zona uns mil 500 efetivos.

A medida entrou em vigor no dia 10 de outubro passado depois de ser proposta e aprovada pelo Congresso, e sancionada pelo Poder Executivo.

Dias antes uma subcomissaria de Concepção foi atacada a tiros por homens armados, ocasionando a morte de dois polícias. O ataque foi atribuído ao autodenominado Exército do Povo Paraguaio (EPP).

EPP: milícias oligarcas

Em uma visita realizada na sexta-feira (9) a uma unidade militar em Hugua Ñandú, deste último território, Filizzola assegurou que o fim do estado de exceção não marca o final da luta contra o EPP.

As Forças Armadas e a Polícia Nacional continuarão com a luta, potenciando os grupos táticos com mais recursos humanos, disse o titular do Interior.

O presidente paraguaio, Fernando Lugo, declarou em novembro passado que o governo destinou todos os recursos disponíveis para capturar aos membros do EPP, e se não se atinge o objetivo "disporemos de todas as forças institucionais para "derrocar definitivamente a estes delinquentes e a outros".

Setores sociais, fundamentalmente camponeses e partidos políticos de esquerda, coincidem em que o EPP é um instrumento alimentado pelos oligarcas do país para criminalizar as lutas sociais.

Fonte: Prensa Latina