Termina estado de exceção em territórios paraguaios
O ministro paraguaio do Interior, Carlos Filizzola, reafirmou a decisão do governo de manter forças militares nos departamentos de Concepción e San Pedro, territórios onde termina neste sábado (10) o estado de exceção.
Publicado 10/12/2011 19:21
"Não vamos baixar a guarda", assegurou em declarações à emissora Primeiro de Março e reproduzidas pela agência IPParaguay.
O secretário de Estado ratificou que pelo fato de neste sábado terminar a medida, após dois meses, não significa que recuarão.
Filizzola expressou que manterão na zona uns mil 500 efetivos.
A medida entrou em vigor no dia 10 de outubro passado depois de ser proposta e aprovada pelo Congresso, e sancionada pelo Poder Executivo.
Dias antes uma subcomissaria de Concepção foi atacada a tiros por homens armados, ocasionando a morte de dois polícias. O ataque foi atribuído ao autodenominado Exército do Povo Paraguaio (EPP).
EPP: milícias oligarcas
Em uma visita realizada na sexta-feira (9) a uma unidade militar em Hugua Ñandú, deste último território, Filizzola assegurou que o fim do estado de exceção não marca o final da luta contra o EPP.
As Forças Armadas e a Polícia Nacional continuarão com a luta, potenciando os grupos táticos com mais recursos humanos, disse o titular do Interior.
O presidente paraguaio, Fernando Lugo, declarou em novembro passado que o governo destinou todos os recursos disponíveis para capturar aos membros do EPP, e se não se atinge o objetivo "disporemos de todas as forças institucionais para "derrocar definitivamente a estes delinquentes e a outros".
Setores sociais, fundamentalmente camponeses e partidos políticos de esquerda, coincidem em que o EPP é um instrumento alimentado pelos oligarcas do país para criminalizar as lutas sociais.
Fonte: Prensa Latina