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Liga Árabe considera levar caso da Síria à ONU

A Liga Árabe (LA) expressou, ontem (17), intenção de solicitar ao Conselho de Segurança da ONU que adote seu plano para solucionar a situação na Síria, ainda que descartou recorrer a uma intervenção armada contra Damasco.

A Liga Árabe (LA) expressou hoje intenção de solicitar ao Conselho de Segurança da ONU que adote um plano para solucionar a situação na Síria, ainda que descartou recorrer a uma intervenção armada contra Damasco.

O premiê e titular de Relações Exteriores do Catar, sheique Hamad bin Jassim bin Jabur al-Thani, assegurou que a decisão sobre o caso sírio será aprovada pelos chanceleres dos países membros, em uma reunião prevista para 21 de dezembro no Cairo.

Al-Thani falou em Doha, a jornalistas, ao final de um encontro de emergência do comitê ministerial que monitora a crise síria, depois do adiamento de uma reunião de titulares de Exteriores prevista inicialmente para o sábado (17) na capital egípcia.

Segundo o servidor público catarí, a intenção é pôr fim à violência, ainda que tenha voltado a responsabilizar o governo do presidente Bashar al-Assad pela situação imperante desde meados de março passado e que se tem recrudecido nos últimos três meses.

"Como a Rússia foi ao Conselho de Segurança, a proposta será apresentada na reunião (de chanceleres árabes) do 21 de dezembro para que a Liga Árabe também vá ao Conselho de Segurança", apontou Al-Thani ao mostrar reservas com o projeto de resolução de Moscou.

Igualmente acusou Damasco de estar atrasando sua resposta ao plano de paz da LA e, concretamente, a um protocolo apresentado em Rabat, Marrocos, em meados de novembro, para que se aceite o envio de observadores, que supostamente ajudarão a pacificar aquele país, conforme esse organismo.

Enquanto isso, uma equipe de servidores públicos do Iraque, um dos países árabes opostos às sanções adotadas pela organização panárabe contra o governo de Al-Assad, sustentou no sábado conversas positivas com o presidente sírio para ajudar a uma saída pacífica.

O assessor de segurança nacional iraquiano, Falah Al-Fayadh, indicou que viajaria ontem mesmo ao Cairo para manter conversar positivas com diretores da LA, depois de seu encontro com Al-Assad, a quem explicaram a posição de Bagdá.

Argumentou que o executivo iraquiano favorece a busca de soluções pacíficas aos atuais confrontos, de maneira que respeitem a vontade do povo sírio, no marco de uma mudança democrática "que restrinja as injerências estrangeiras e conflitos sectarios".

Damasco respondeu, há mais de uma semana, que aceitaria a missão de observadores, ainda que tenha feito algumas condições, mas a LA mantém suspensa a participação da Síria e aplica um pacote de sanções econômicas sem precedentes nesse agrupamento de 22 Estados árabes.

Fonte: Prensa Latina