Plenária suprapartidária mobiliza apoio ao prefeito de Campinas

Uma plenária suprapartidária, realizada na noite do dia 19/12, preparou a mobilização para participação popular na sessão da Câmara Municipal que está julgando o prefeito Demétrio Vilagra (PT). A sessão foi instalada às 9 horas de hoje (20/12) e não tem prazo para terminar.

A plenária foi conduzida pelo líder do governo na Câmara, vereador Josias Lech (PT), e reuniu mais de 400 pessoas, entre militantes, lideranças e parlamentares do PT, PCdoB, PSC e PTN. Embora seu partido não tenha cadeira no Legislativo municipal, o deputado Guilherme Campos (PSD) também levou apoio ao prefeito. Além dos partidos, várias entidades dos movimentos sociais, populares e sindicais – como a UJS, UNEGRO, CUT, CTB, ACIC, representantes de religiões afro-brasileiras, das comunidades dos terreiros, do movimento LGBT, dos moradores de rua – estiveram presentes ao evento. Também participaram secretários municipais e vereadores da região.

Mãe Dango, das comunidades dos Terreiros, saudou os presentes afirmando que é preciso “lançar nossas tradições e sabedorias para defender a nossa história”. Marina Cruz, da UJS, comparou os ataques à Dilma ao ataque a Demétrio, falando da luta de classes que hoje envolve a disputa de dois projetos. Um, elitista e derrotado nas urnas; outro, progressista, popular, democrático e soberano. Para ela, “a questão não é tirar o prefeito, mas barrar o nosso projeto de desenvolvimento nacional”.

O presidente do PCdoB/Campinas, vereador Sérgio Benassi, distribuiu tarefas, convocando todos os presentes a lotarem as galerias da Câmara em defesa do projeto político comandado por Demétrio. Para Benassi, “quem quiser ser prefeito que concorra em 2012, com justiça e democracia”. Ele reitera afirmação já divulgada de que não há provas, “o relatório é uma síntese da cara-de-pau golpista ao afirmar que não se precisa apurar nada, nem é preciso provar coisa nenhuma” E questiona: “é. ódio contra Demétrio, contra o PT? Não, é um ataque ao povo. Porque as elites que perderam as eleições se unificaram para derrotar o povo fazendo com que as pessoas desacreditem da política. Mas, a vitória será de todos os partidos progressistas”. Benassi considera que as elites toleram que o povo tenha pequenas conquistas, mas não tolera a perda do poder político. Ele concluiu com uma convocação e um alerta; “vamos impedir o golpe”.

Último a falar, Demétrio reforçou a argumentação de que o que está ocorrendo na cidade é um golpe e conclamou a todos: “Nós não podemos e não vamos aceitar!” O prefeito reafirmou sua inocência e a confiança que a justiça prevalecerá.

De Campinas,
Agildo Nogueira Junior