Contas da prefeitura de Salvador são reprovadas pelo segundo ano
O Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) da Bahia rejeitou nesta quinta-feira (22/12) as contas do exercício 2010 da prefeitura de Salvador. Este é o segundo ano consecutivo em que o prefeito João Henrique Carneiro (PP) tem a prestação de contas reprovada, por unanimidade, e é multado pelo TCM, praticamente pelos mesmos motivos, baixo investimento em saúde e educação, atraso no pagamento de contas e contratação de pessoal sem concurso público.
Publicado 22/12/2011 18:35 | Editado 04/03/2020 16:18
O TCM já havia rejeitado as contas de 2009 do prefeito, mas uma manobra jurídica de seus advogados conseguiu paralisar o julgamento na Corte e impedir a apreciação do mérito da questão pela Câmara de Vereadores. Agora com a rejeição também das contas de 2010, aumenta a possibilidade de que o gestor soteropolitano seja julgado e, quem sabe, punido com a inelegibilidade por oito anos.
Para o presidente do PCdoB em Salvador, Geraldo Galindo, a rejeição das contas do prefeito João Henrique não é nenhuma novidade. “Nós que somos da bancada de oposição, e não vacilamos em ser bancada de oposição com responsabilidade, sempre dissemos que a administração de João Henrique é um desastre político e administrativo. E para nós, o prefeito deveria ser punido com a inelegibilidade, em razão destas sucessivas rejeições de contas da sua gestão”.
“Nós do PCdoB em Salvador, manteremos a nossa posição de oposição ao prefeito, faremos a denúncia pública do descaso político e desmando administrativo do seu governo e, entre outras razões de ordem política, nós apresentaremos à população de Salvador uma alternativa para superar este estado de coisa, que é a pré-candidatura da deputada federal Alice Portugal”, afirmou o dirigente comunista.
Galindo acrescenta ainda, que espera que desta vez o prefeito não se utilize de mecanismos jurídicos que impeçam a Câmara de Vereadores de julgar estas contas. “O povo de Salvador quer que estas contas sejam julgadas e ele seja responsabilizado por tantos atos administrativos que colidem com a moral do povo desta cidade”, concluiu.
De Salvador,
Eliane Costa.