Tunísia está ameaçada de um "suicídio coletivo", diz presidente
O novo presidente da Tunísia, Mossef Marzouki, advertiu nesta sezxta-feira 923) que seu país corre o risco de padecer de um "suicídio coletivo" se as greves e as manifestações sociais prosseguirem.
Publicado 23/12/2011 18:01
"Se a máquina econômica tardar a se recuperar, o país vai direto ao suicídio coletivo. Uma contrarrevolução ou uma revolução nas regiões marginalizadas mergulhará o país numa anarquia", alardeou o presidente, em um discurso aos chefes de empresas reunidos na sede da União tunisina para a Industria, Comércio e Artesanato (UTICA).
Marzouki, que pertencia à oposição ao antigo regime do deposto Ben Ali, foi conduzido ao poder em janeiro, em seguida à sublevação popular oriunda das regiões mais populares, disse "compreender os motivos dessas greves e dessas reivindicações".
"Peço que não sejam responsáveis de uma tal catástrofe e não afundem o barco que nos transporta a todos porque vão arruinar a Tunísia", lamentou.
As greves e os movimentos progressistas pressionam os rentistas estrangeiros a colocar um fim à remessa de lucros para fora do país, como o grupo japonês Yazaki, um dos principais fabricantes de cabos para automóveis no mundo.
Com informações da Angop