Wilson Martins: meta é que o PI cresça 13,5% em 2012
Governador Wilson Martins (PSB), disse, em entrevista, que a meta de seu governo é que o Piauí cresça 13,5% em 2012, mesmo em um cenário de crise financeira, que é puxada pelos países da Europa.
Publicado 26/12/2011 11:59 | Editado 04/03/2020 17:00

“Nós temos uma meta de crescimento em torno de 13,5% para 2012, o que nós estamos propondo, apostando inclusive no aumento da arrecadação histórica que nós tivemos nos últimos 12 meses, de setembro 2010 a setembro 2011. Há uma perspectivas de aumento da receita corrente líquida em 13%.em 2011”, falou o governador Wilson Martins.
Meio Norte – Como está sua saúde? Estará bem em 2012?
Wilson Martins – Está bem, eu estou tranquilo. No próximo ano a gente fica sem saber, doença aparece assim de forma ligeira, mas eu estou torcendo para que tudo esteja bem.
Meio Norte – O senhor vai entrar em 2012 recebendo o apoio formal do PSD?
Wilson Martins – Nós temos uma boa relação com o PSD, Temos uma relação fraterna, com o deputado Júlio César, com o deputado Edson Ferreira, com o deputado Juraci Leite, com o deputado Antônio Félix. Temos uma relação, mesmo não tendo estado juntos no palanque das eleições de 2010, nos damos muito bem e temos um apreço muito grande por eles. Foi uma parceria que pode ser feita na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, com a participação dos deputados federais Júlio César e Hugo Napoleão, que foram muito atenciosos comigo e com o governo, nos ajudaram muito, principalmente na tabulação do Orçamento Geral da União e do PPA para os próximos quatro anos.
Meio Norte – É verdade que o PSD estaria negociando com o senhor a indicação de um gestor para a Secretaria Estadual de Turismo?
Wilson Martins – Não. Não tratamos de nada nesse sentido, eles já participam do governo em áreas afins, diretorias de órgãos, mas não tem nenhum compromisso ou entendimento nem por parte do governo, nem por parte do partido. Nunca fomos cobrados pelo partido. Tem uma relação muito boa de apoiamento administrativo.
Meio Norte – Qual a análise de conjuntura que o senhor faz do Brasil e do Piauí?
Wilson Martins – Nós estamos todos muito preocupados com essa crise que surgiu na Europa e já começou a ter repercussões muito afora. Graças a Deus, o país tem uma linha de estabilidade do ponto de vista de economia, do ponto de vista de produção, e sobretudo de solidez como nação republicana, com o aperfeiçoamento democrático. Dentre os países mais importantes do mundo, daqueles que estão em desenvolvimento como a Rússia, como o Brasil, como a China e como a Índia, o Brasil está em uma situação confortável no enfrentamento das crises, como ocorreu em 2008, e está preparado para a crise de 2011. Isso não deixa de ter atrapalhado. O fato de ter o cuidado redobrado, nós já tivemos uma desoneração, algumas desonerações, como a do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), a última foi na linha branca, de eletrodomésticos e isso tem uma repercussão direta nos Estados que dependem de transferências constitucionais, principalmente para os Estados que dependem do FPE (Fundo de Participação dos Estados). Nisso aí há uma preocupação por parte do Governo Estadual porque há uma timidez e uma certa precaução, às vezes exagerada, por parte do governo federal na questão da liberação de emendas parlamentares, na liberação de dotações voluntários como as dos convênios, dos programas e projetos que estão em andamento e da parceria entre os governos estadual e federal.
Meio Norte – Quais são as perspectivas de crescimento do Piauí ?
Wilson Martins – Nós temos uma meta de crescimento em torno de 13,5% para 2012, o que nós estamos propondo apostando inclusive no aumento da arrecadação histórica que nós tivemos nos últimos 12 meses, de setembro 2010 a setembro 2011. Há uma perspectiva de aumento da receita corrente líquida em 13%.em 2011.
Meio Norte – Como o Piauí vai enfrentar a crise?
Wilson Martins – Esse é um dos aspectos que a gente fica com muito cuidado, com cuidado redobrado, mas o que nós fizemos em 2011 foi conter despesas, foi fazer economia, foi apertar naquilo que chamamos de custeio e, com isso, foi possível realizar várias obras, obras importantes com recursos do próprio tesouro. Vamos dar exemplos, como a construção da Ponte do Mocambinho, foi feita, construída e paga, no valor de R$ 18 milhões, com base na economia que nós fizemos em alguns setores. Os investimentos que nós fizemos na segurança pública, parte importantes deles, foram de economia que nós fizemos, da economia implementada. Nós não autorizamos nenhuma obra, que não tivesse receita suficiente para pagar. Se nós fizemos isso em 2011 com rigor, em 2012 vamos ter que aumentar o rigor, fazer economia e compensar a queda da arrecadação com as operações de crédito, que nós preparamos o Estado o ano todo, para aumentar o poder de endividamento e, principalmente, no poder de pagamento, o que n os estrangulava. Nós recebemos o atestado, cancelado do Governo Federal, da presidente Dilma, da Secretaria do Tesouro Nacional e do Ministério da Fazenda , de capacidade de crédito de R$ 1,430 bilhão, interno e externo. Baseado nisso e no arrocho fiscal, na questão da gestão pública de economizar os recursos da máquina, do custeio, é que nós vamos nos preparar para o enfrentamento da crise.
Com informações do www.meionorte.com