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Na Venezuela economia e avanços sociais andam juntos

Os vínculos entre o crescimento econômico e o investimento social na Venezuela foram ressaltados nesta quarta-feira (4) por Elias Eljuri, presidente do Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

O presidente do instituto disse no programa de TV Toda Venezuela que, embora o crescimento econômico seja muito importante – 2011 fechou com um aumento de cerca de quatro por cento do PIB -, isto não refletiria os reais avanços do país sem os resultados de programas sociais que incentivaram o desenvolvimento e beneficiaram o povo.

Recordou que depois de uma etapa, de 2008 a 2010, em que a economia nacional decaiu devido aos impactos da crise mundial, o ano passado mudou esta situação e fechou com um aumento que duplica a estimativa de autoridades e especialistas.

O investimento social, que cresceu de 36 para 62 por cento, é elemento determinante para manter uma taxa de emprego permanente, observou.

Avaliou que mesmo no período de decréscimo, setores como os dedicados a manter os serviços universais e gratuitos de saúde e educação e as políticas sociais de diminuição do desemprego, pobreza e pobreza extrema foram mantidos devido à vontade política do Governo.

A maioria dos setores cresceu, disse. Além dos de educação e saúde, incluem-se o de água e eletricidade, comunicações e construção, com notáveis avanços do programa Grande Missão Moradia Venezuela, iniciado em 2011.

Confirmou que durante 2012 se espera um aumento de cinco por cento do PIB, para o que contribuirá a ampliação da construção de moradias e o fomento da produção agrícola e petrolífera, para o que se estabeleceram convênios que assegurem seu avanço e extensão.

Eljuri mencionou que o desemprego durante os três anos assinalados se manteve ao redor de oito por cento e 2011 finalizou com uma redução para 6,2 por cento. O desemprego deve continuar diminuindo com as políticas de inclusão social e sobretudo com a futura Missão Saber e Trabalho Venezuela, que iniciará no começo deste ano.

O funcionário destacou os avanços na diminuição dos índices de pobreza geral e pobreza crítica, atualmente ao redor de 21 e 7,3 por cento, respectivamente, hoje combatidos em seu chamado núcleo duro com a missão Filhos da Venezuela e Em Amor Maior.

Afirmou que um dos problemas a resolver é a inflação, instalada no país desde meados da década de 1970. Em tempos de crise, a inflação superou mais de 100 por cento. No ano passado registrou 27 por cento.

Com a instauração da Lei de Custos e Preços Justos e outras medidas que o país adotou, esta anomalia está sendo combatida, explicou.

Também aludiu aos avanços na redistribuição justa da renda nacional, pois na década de 1990, 20 por cento da população se apropriava de cerca de 53 por cento dos recursos e agora índice baixou para 44 por cento.

Isso é algo que ainda deve melhorar, mas não diminui o fato de que hoje a Venezuela seja reconhecida como o país com menor desigualdade na região sul-americana, destacou Eljuri.

Prensa Latina