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Pinheirinho: Presidente do STF nega ação para impedir desocupação

Como já se esperava, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cezar Peluso, arquivou nesta quarta-feira (25) a ação que tentava impedir, ou reverter, a desocupação da área de Pinheirinho, em São José dos Campos (SP). O presidente tinha a opção de esperar o pleno do Supremo para decidir, mas optou por de forma isolada apresentar uma posição. 

O mandado de segurança foi protocolado na segunda-feira (23) pela Associação Democrática por Moradia e Direitos Sociais de São José dos Campos. A entidade pedia o fim da desocupação da área, que começou domingo (22). Desde 2004, o terreno, que está sendo reclamado pela massa falida da empresa Selecta, era ocupado por cerca de 1,3 mil famílias sem teto.

A decisão de Peluso comprova o conservadorismo que se caracteriza seu mandato a frente do Supremo. Ele entendeu que é incabível um mandado de segurança no caso, porque ainda cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre o conflito de competência para analisar o caso, há dúvida se a responsabilidade é da Justiça Federal ou da Estadual.

Disputa judicial

A reintegração de posse da área resultou em uma disputa judicial de liminares que passou por varas de primeira instância, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, e finalmente, pelo STJ, que anulou todo o processo, por entender que ele tinha irregularidades.

Segundo a associação, a decisão do STJ foi comunicada à 6ª Vara Cível de São José dos Campos, mas a juíza titular desconsiderou a informação. A associação também informou que a União passou a manifestar interesse pela solução do problema e chegou a firmar um termo de compromisso com o governo paulista e com o município de São José para regularizar a gleba de terras.

Foi assim que o caso foi parar na Justiça Federal, com decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), suspendendo a desocupação. Mesmo assim, no último domingo, a Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) e a Guarda Municipal de São José dos Campos iniciaram a retirada de famílias da área, praticando um verdadeiro massacre contra os moradores.

Com agências