Comando da PM afirma que a greve chegou ao fim na Bahia

Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10/2), o comandante geral da Polícia Militar da Bahia, coronel Alfredo Castro, afirmou que a greve da PM chegou ao fim e que apenas uma pequena minoria resiste à convocação para voltar ao trabalho. No entanto, em assembléia realizada na noite de ontem, cerca de 600 PMs decidiram pela manutenção do movimento e marcaram uma nova reunião para as 16h de hoje. Assim, a população continua confusa.

Também em assembléia na noite de ontem, policiais militares filiados à com a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (AOPMBA)AOPMBA decidiram não aderir à greve de parte da categoria. "Nós estamos juntos com seis associações e todas são a favor do fim da greve, embora a proposta do governo, principalmente a questão salarial, não atenda às nossas necessidades", disse Edmilson Tavares, presidente da AOPMBA.

A situação está cada vez mais complicada para os grevistas. No início da manhã, o governo do estado anunciou que cortaria os dias dos policiais que não se apresentassem até o meio dia desta sexta-feira. O comandante da PM informou ainda que aqueles que não retornassem às atividades imediatamente estaria sujeito a abertura de processo administrativo e eventual punição. “A partir de hoje, a falta não será tomada como adesão a paralisações”, declarou Castro.

Segundo o comandante, levantamento feito até as 9h desta sexta-feira apontava que 85% dos policiais militares já estavam nas ruas de Salvador e região metropolitana. Ele admitiu, no entanto, que em bairros do subúrbio da capital há ausência expressiva de policiamento. Sobre o interior do estado, informou que na região oeste, além de Guanambi e Juazeiro, os PMs já voltaram ao trabalho.

Ao ser questionado sobre a assembléia que manteve a paralisação, o coronel Alfredo Castro afirmou que o governo fechou acordo e ele está vigente. “Isso não significa que as portas para negociações estejam fechadas”, pontuou. Segundo ele, outros pontos de reivindicações, como o seguro-acidente e a Lei de Promoções, são passíveis de discussão. “Não é o aumento nem as condições ideais, mas é real e palpável”, opinou sobre o acerto firmado com associações, como a dos oficias. Ele assegurou que 70% da diferença entre GAP 3 e GAP 4 será paga em novembro e 30% em 2013.

De Salvador,
Eliane Costa com agências.