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Carnaval adia decisão de policiais de Alagoas sobre greve

Ficou para depois do Carnaval a negociação entre governo e os cerca de dois mil policiais civis de Alagoas. A categoria deu uma trégua por conta da festa popular quando geralmente muitas ocorrências são registradas. A decisão foi tomada em assembleia na quinta-feira (16). A próxima, com indicativo de greve, está marcada para 9 de março.

Os trabalhadores reivindicam o cumprimento dos itens de um acordo feito com o governo do Estado no ano passado. Entre as reivindicações, o Plano de Cargos, Carreira e Subsídios; o piso salarial para agente e escrivão de polícia de 60% sobre do piso do delegado; a aposentadoria especial com integralidade e paridade; além da revogação das portarias que punem grevistas e a melhoria nas condições de trabalho. Atualmente, o piso de escrivão e agente é de R$ 1.900, que formam a grande maioria da categoria. O de delegado é R$ 13.500.

“Recebemos a notícia do delegado geral, José Edson, na semana passada, de que o acordo firmado não vale nada. Ora, tanto vale que o reajuste acordado de 7% já está valendo. E porquê os outros itens não valem”, questionou José Edeilto Gomes dos Santos, vice-presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) de Alagoas.

Edeilto, que é um dos policiais que sofre processo administrativo por conta da greve deflagrada em abril de 2011. Edeilto explicou que um grupo numeroso é acusado de incitar a população contra o poder público.

O secretário estadual de Gestão Pública (Segesp), Alexandre Lajes, marcou uma reunião com a categoria para o dia 23 de fevereiro “Temos expectativa de que possamos chegar a um acordo. Além da questão salarial, do plano de carreira, também é preciso discutir em algum momento a estrutura das delegacias no estado, principalmente no interior. A situação é bastante precária”, contou. O Vermelho não conseguiu localizar alguém da secretaria para confirmar.

Ato público

Um ato público será realizado na segunda-feira (27), em frente à Segesp, para cobrar a revogação das portarias que punem grevistas, o piso salarial e a aposentadoria especial. Um parecer da Procuradoria Geral do Estado desconhece a garantia da integralidade salarial da Lei Complementar 28/2010 da aposentadoria especial da categoria.

Os policiais civis, que estão requerendo o pedido da aposentadoria, afirmam estar sendo coagidos para assinar um documento, que diz que eles não têm direito à integralidade e à paridade salarial. O delegado sindical do Sindpol, Carlos Jorge, e o advogado do sindicato se reuniram com o procurador-geral do Estado, Arnaldo Paiva, na tarde de quinta-feira (16), para tratar a questão.

de São Paulo
Deborah Moreira