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Bicicletada fecha a Paulista e pede mais consciência no trânsito

“Protestar contra as mortes no trânsito”. Essa foi a inspiração de cerca de mil ciclistas que realizaram, nesta terça-feira (6), às 19h, uma “bicicletada” e fecharam uma das pistas da Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo.

Segundo declarações nas redes sociais, a bicicletada foi para demonstrar a indignação contra as frequentes mortes no trânsito. O ato foi programado para ocorrer simultaneamente em 37 cidades do país.

Os ciclistas pedem mais atenção do Poder Público para a importância do veículo de duas rodas como meio de transporte e exigem campanhas de conscientização no trânsito para os motoristas.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, na terça-feira (6), cinco ciclistas morreram no Brasil.

Em uma ação coletiva, os manifestantes das 37 cidades pintaram bicicletas de banco (ghost bike) e colocaram em pontos movimentados das cidades. Em São Paulo, a bicicleta foi colocada no local onde a bióloga Juliana Dias foi atropelada por um ônibus na semana passada.

Consciência

Em declaração à imprensa, o membro da organização não-governamental Ciclo BR, Felipe Aragonez, disse que a bicicletada tem o objetivo de fomentar no motoristas o respeito aos ciclistas e exigir uma postura mais firme do Poder Público no caso dos acidentes.

“A gente pede que as pessoas respeitem, cumpram o Código de Trânsito. E que os órgãos competentes fiscalizem e punam as pessoas.”

A secretaria Luciana Spedine, que participou da passeata, desenhou em um cartaz os três filhos e pendurou nas costas uma frase: “Eles me esperam em casa. Compartilhe a via e a vida”.

Ela contou que faz todos os dias um trajeto de 10 quilômetros de casa para o trabalho e frequentemente passa por situações de risco no percurso. “A questão é a falta de conhecimento e atenção. A gente vê que alguns não veem a gente ou porque estão no celular, ou ouvindo rádio, ou pensando na vida.”

Mesmo assim, Luciana disse quer persiste no uso da bicicleta para ganhar tempo, manter a saúde e educar os filhos. “É uma forma de eu dar um exemplo para os meus filhos. Não quero que a minha filha tenha medo no futuro de andar de bicicleta.”

Com informações da Agência Brasil