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FAO destaca papel das mulheres na produção agrícola

As mulheres constituem hoje, em média, 43% da força de trabalho agrícola do Terceiro Mundo, segundo um relatório da Organização de Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

De acordo com o texto, na América Latina e Caribe elas representam 20% do total dessa região no setor, enquanto que na Ásia Oriental e África subsariana a proporção chega a 50%.

A FAO emitiu o documento pelas comemorações nesta quinta-feira do dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

O representante interino desse organismo para a América Latina e Caribe, Alan Bojanic, assegurou que as mulheres nas zonas rurais dessa área trabalham mais e ganham menos.

Elas estão em piores condições que os homens em termos de acesso a recursos e remuneração, agregou.

De acordo com Bojanic, 58 milhões de mulheres desta região vivem em zonas rurais, 17 milhões fazem parte da população economicamente ativa e quatro milhões e meio são produtoras agropecuárias.

No México, exemplificou o servidor público, elas trabalham 89 horas semanais, 31 horas a mais que os homens. Com respeito à posse de terra, explicou que apenas 11% das mulheres no Brasil tem títulos sobre a terra, 22,4% no México e 27% no Peru.

A brecha de gênero representa um custo real para a sociedade em termos de produção agrícola, segurança alimentar e crescimento econômico, acrescentou.

Segundo Bojanic, se as produtoras agrícolas tivessem as mesmas condições que os homens, seria possível alimentar no mundo 150 milhões de pessoas a mais.

As mulheres rurais desempenham uma função importante para a segurança alimentar, mas não têm igualdade de acesso aos recursos e oportunidades necessários para serem mais produtivas.

No ano de 2010, 54% das trabalhadoras agrícolas latino-americanas estavam abaixo da linha da pobreza.

Fonte: Prensa Latina