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Mais da metade dos israelenses é contra atacar Irã, diz pesquisa

Uma pesquisa do jornal Ha’aretz apontou que mais da metade dos israelenses são contrários a ataques contra o Irã. De acordo com o diário do país, 58% dos entrevistados não apoiam ações militares contra os iranianos, mesmo após a crescente tensão entre os dois países nos últimos meses.

A percepção dos entrevistados na pesquisa é de que o país não deve dar o primeiro passo caso os Estados Unidos, aliado dos israelenses, não intercedam militarmente contra o Irã.  Israel analisa a hipótese de lançar um ataque – chamado pelo governo de "preventivo" – contra as instalações nucleares de Teerã.

Na última segunda (5), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que o país tem o direito de se defender da ameaça que, segundo ele, o país persa representaria. O premiê disse ainda que “o tempo do Irã está se esgotando”.

“Israel esperou a diplomacia funcionar, esperou as sanções funcionarem. Nenhum de nós pode esperar muito mais. Como premiê, jamais deixarei meu povo viver à sombra da aniquilação”, afirmou Netanyahu durante encontro com o presidente norte-americano, Barack Obama.

Os israelenses acusam os iranianos de desenvolverem seu programa nuclear com fins bélicos, levando perigo ao estado judeu. O Irã nega as acusações e reitera constantemente que seu programa não produz bombas nucleares.

Apesar disso, tanto a comunidade europeia quanto os EUA aprovaram nos últimos meses duras sanções que visam forçar os iranianos a debaterem a questão e exporem detalhes sobre seu programa nuclear.

Na última terça-feira (6), a chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, afirmou que retomaria o diálogo com os iranianos a respeito de sua produção nuclear. O encontro, no entanto, ainda não tem data marcada.

A pesquisa, que será publicada em sua totalidade na sexta (9) mostra também um importante avanço nas intenções de voto ao direitista Likud, liderado por Netanyahu. Se as eleições fossem hoje, o partido obteria 37 cadeiras, frente as 27 que tem agora, enquanto o opositor e centrista Kadima retrocederia de suas 28 atuais para 10 ou 12. Além disso, mais da metade dos entrevistados disseram confiar em Netanyahu e no ministro de Defesa, Ehud Barak, para lidar com a questão iraniana.

Com agências