Presidente do PCdoB-RJ é homenageada com o Diploma Mulher-Cidadã

 Após a marcante presença nas manifestações do Dia Internacional da Mulher, o PCdoB/RJ tem novo destaque nas comemorações da semana da mulher. A presidente estadual do Partido Comunista do Brasil, Ana Rocha, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, recebendo o Diploma Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro.

Ana Rocha Homenagem

A solenidade aconteceu na última segunda-feira, 12 de março, no Plenário Barbosa Lima Sobrinho, do Palácio Tiradentes (Av. Primeiro de Março, Centro). Ana Rocha foi convidada pela presidente da Comissão de Defesa da Mulher da ALERJ, Deputada Inês Pandeló (PT-RJ). Outras nove mulheres também receberam a homenagem.

Ana Rocha tem uma grande história na luta pelas questões sociais e pela causa da Mulher. Está há 17 anos à frente da direção estadual do PCdoB no Rio de Janeiro e foi uma das primeiras mulheres a ocupar a presidência de um partido político no Brasil, também integra a Coordenação Nacional do Fórum de Mulheres do PCdoB. Ana foi uma das fundadoras da União Brasileira de Mulheres (UBM) e da revista Presença da Mulher.

A homenageada foi prestigiada com a presença de dirigentes partidários, diretores de entidades nacionais e estaduais, militantes do Partido Comunista do Brasil e de outras representações do movimento social.

A coordenadora estadual da UBM, Helena Piragibe, comentou a homenagem: “O Prêmio Mulher-Cidadã Leolinda de Figueiredo Daltro é um reconhecimento por sua luta, iniciada na década de 1970 durante o processo de repressão militar, e também pela sua coragem e determinação na defesa dos direitos políticos, sociais e pela emancipação da mulher”, salientou Helena.

A coordenadora geral da UBM, Elza Maria Campos, também destacou a importância de Ana Rocha na luta pela democracia e pelos direitos da mulher: “Militante feminista aguerrida, Ana Rocha jamais deixou de manifestar sua indignação frente às contradições do modo de produção capitalista e, cotidianamente, tem se dedicado às lutas pela libertação das mulheres e dos trabalhadores. Somamo-nos à alegria de nossas companheiras da UBM – RJ pela merecida homenagem à Ana Maria Rocha, esta brava lutadora e destemida militante das causas populares e emancipadoras”, destacou Elza.

Sobre Ana Rocha

“Quando ainda era estudante na UFBA, Ana Rocha lutava pela regulamentação do curso de Psicologia e, mais tarde, pelos direitos civis e políticos, no entanto, tais ações políticas culminaram com a sua saída para Albânia, onde transmitia um programa diário em português para o Brasil, noticiando as verdades censuradas no Brasil..

Ao retornar para o Brasil, no inicio da década de 1980, Ana não se intimidou com a ditadura militar. E, desafiando todos os obstáculos impostos às mulheres, reiniciou suas atividades políticas passando a atuar no movimento feminista.

Diante da crise econômica que se abatia sobre o país, ela participou da organização do Movimento contra a Carestia sob bombas e cassetetes da ditadura militar. As dificuldades sempre foram para Ana Rocha o estímulo para avançar em seus objetivos. Participou da organização das mulheres, fundando a União Brasileira de Mulheres de Porto Alegre.

O interesse e identidade pelas questões de gênero e pela luta da mulher por sua emancipação a fez fundar e editar ,em 1986, a Revista Presença da Mulher. De caráter emancipacionista, é a única publicação do gênero no Brasil que continua a circular até os dias de hoje.

No ano seguinte, em 1987, organizou o 1º Encontro da Corrente Emancipacionista, que culminou com a realização, em 1988, na cidade de Salvador (BA), do I Congresso Nacional União Brasileira de Mulheres (UBM). Neste evento, fundou, oficialmente, a UBM. Este fato marcou sua história como liderança no processo de emancipação da mulher e da sociedade, pela igualdade entre homens e mulheres, por um mundo mais justo, democrático e sem opressão.

Ativista feminista, psicóloga de formação e lutadora incansável das causas da mulher – com ampla compreensão das dificuldades e dos problemas enfrentados no dia-a-dia – especialmente a luta das trabalhadoras, Ana retornou à universidade para se aprofundar nestas questões. Fez o curso de Mestrado em Serviço Social na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), onde defendeu a dissertação “Impacto das Condições de Trabalho e Sobrecarga Doméstica nas Trabalhadoras da Faet”.

Sua atuação e participação no quadro político atual são marcantes, dando contribuição inestimável em nível nacional para o protagonismo político das mulheres. O fato de ser uma das poucas mulheres dirigentes do PCdoB no país (desde 1995 é presidente estadual do PCdoB no estado do Rio de Janeiro), a torna uma pessoa com personalidade de luta e determinação por um mundo mais fraterno e igualitário, além de revelar sua infinita capacidade de liderança”,

Helena Piragibe sobre a ativista Ana Rocha