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Mentiras imperiais: Provas da ingerência na Síria

O conflito na Síria está a ser semeado pelas principais potências capitalistas e pelos seus agentes, como provam vídeos divulgados nos últimos dias nas redes sociais.

Depois de desmascarada a falsidade da ativista síria reprimida pelo regime, que era, afinal, um jovem norte-americano residente na Escócia que se dedicava a difundir calúnias no ciberespaço sobre a situação no país, na semana passada emergiram novas provas da intoxicação da opinião pública sobre a realidade na Síria.

Em vídeos postados nas redes sociais, um jovem de 22 anos que se apresenta como Danny Abdul-Dayem aparece a preparar uma entrevista para a CNN. Na emissão da TV norte-americana a que o conjunto das pessoas teve acesso, ouvem-se tiros e bombardeios que Danny diz serem os ataques indiscriminados do exército contra a população de Homs, mas no vídeo integral vê-se como é preparado este cenário.

Antes do tele-direto, Danny, o operador de câmara e um outro indivíduo presente na sala esperam que se inicie os bombardeios e os tiros para começarem a entrevista. Acertam detalhes e confirmam as instruções dadas para que os disparos e explosões comecem como previsto.

Danny é um conhecido "activista sírio" que se desdobra em entrevistas a canais de televisão com emissão à escala planetária. Nas suas intervenções, muda constantemente a versão sobre os fatos, mas mantém as mesmas reivindicações: intervenção estrangeira na Síria, nomeadamente por parte dos EUA e Israel; envio de armas para a "oposição"; imposição de uma zona de exclusão aérea.

Num outro vídeo, fica igualmente claro como são preparadas as imagens dos bombardeios da aviação de Bashar al-Assad que, posteriormente, são repetidas a toda a hora.

Uma câmara colocada estrategicamente no topo de um prédio capta as colunas de fumaça sobre Homs. Em determinado momento, alguém regressa ao local para aperfeiçoar a captação de imagens.

Na verdade, o vídeo da espessa fumaça sobre a cidade provém de um ataque dos grupos terroristas contra a refinaria de Homs, mas não se estranha que tenha passado como prova dos bombardeios do governo.

Conflito semeado

A divulgação destes vídeos ocorre quando o ex-secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan mantém contatos com o governo de Damasco, homólogos do Médio Oriente e as cúpulas dirigentes das grandes potências, com o objetivo declarado de serenar os ânimos na região.

Entre a estadia na capital da Síria e um encontro com representantes da Liga Árabe, no Cairo, Egipto, Annan manifestou-se optimista (Lusa), mas salientou a necessidade de travar a escalada de violência desencadeada pelos bandos terroristas.

Mercenários que, de acordo com o embaixador da Rússia junto da ONU, são treinados na nova Líbia (RT).

O guia seguido no país norte-africano, agredido, ocupado e manietado pelo imperialismo, parece estar a surtir menos efeito na Síria. Apesar dos responsáveis imperialistas de turno saudarem a mais tênue dissidência do regime de Assad – como no recente caso do vice-ministro do Petróleo –, a verdade é que, segundo os serviços secretos dos EUA, Bashar al-Assad comanda um exército formidável que dificilmente se rebelaria e mantém um círculo próximo que lhe é fiel, cita a Lusa.

A agência de notícias portuguesa informa ainda que, para a inteligência norte-americana, não ocorreram na Síria, até agora, protestos de massas, isto apesar da escassez de produtos alimentares e de combustíveis, e da duplicação dos preços destes bens desde o início do conflito.

Com considerações destas, importa perguntar: se o exército regular sírio não se rebela, quem são os desertores que os media dizem que se uniram ao denominado Exército Sírio Livre? E se não ocorreram até agora manifestações de massas no país, como surgem e a quem servem as supostas imagens de povo a protestar contra Assad?

Aqui há Otan.

Fonte: Avante!