Argentina usará vias legais para proteger petróleo nas Malvinas
A Argentina só recorrerá à via legal e à diplomacia para solucionar sua demanda de soberania sobre as Ilhas Malvinas, roubadas em 1833 pelo Reino Unido, ratificou nesta quinta-feira (15) o ministro de Exterior Héctor Timerman.
Publicado 16/03/2012 10:35
Nós só esperamos que os países cumpram com a lei, enfatizou o diplomata em uma coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (15) para informar sobre as ações que o Estado argentino executará perante a ilícita exploração de petróleo no Atlântico Sul.
A Argentina – anunciou o ministro – tomará de maneira imediata ações administrativas, civis e penais contra todas aquelas empresas que, violando resoluções das Nações Unidas, se envolveram em atos ilegais em uma zona em litígio, como são estas ilhas do Atlântico Sul e seus mares circundantes.
Adiantou que o rigor destas medidas dependerá do nível de participação e a responsabilidade de cada uma dessas companhias na ilícita exploração de hidrocarburetos nas Malvinas.
Timerman explicou que estão identificadas cinco empresas petroleiras como as principais acionistas; em um segundo nível figuram as entidades que brindam apoio logístico; e o terceiro e mais amplo degrau está ocupado por aqueles prestadores de serviços financeiros, de assessoria e análises de risco.
As ações, esclareceu, não se limitarão só ao território argentino, mas se projetarão ao exterior mediante mecanismos de cooperação internacional.
Nesse sentido, antecipou que começarão a enviar notas de advertência e de riscos a empresas interessadas em participar da "aventura ilegal" de exploração nas Malvinas.
Além disso, se avisará os entes reguladores da bolsa onde operam as companhias atualmente envolvidas para que sejam advertidos sobre os riscos que correm ao continuar com esta atividade.
"Não passará nenhum dia sequer sem que levemos adiante uma ação legal para proteger os recursos naturais do Atlântico Sul, que pertencem a todos os argentinos", enfatizou.
Em fevereiro de 2010, o Reino Unido enviou às Malvinas a primeira plataforma de exploração de petróleo, que no passado ano anunciou a realização de descobertas "provisórias" e a intenção de começar a extrair o combustível em 2016.
No começo deste ano, chegou uma segunda plataforma com capacidade de explorar e perfurar poços em águas de grande profundidade.
Fonte: Prensa Latina