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Isenção do IOF fortalece exportações do país

Em decreto publicado nesta sexta-feira (16), pelo Diário Oficial da União, o governo anunciou que tomará medidas para desonerar as exportações e socorrer o setor que enfrenta cada vez mais dificuldades diante da crise internacional.

Da Redação do Vermelho, Joanne Mota com informações da Agência Brasil

De acordo como Decreto, as operações de hedge cambial com derivativos realizadas pelos exportadores ficam isentas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

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Em nota, o governo esclareceu que esta não foi a primeira medida tomada para proteger o real. Em março, já havia tomado medidas que elevaram o valor do dólar no mercado interno a patamares próximos a R$ 1,80.

A moeda norte-americana vinha se desvalorizando em relação ao real desde o início da crise internacional com prejuízos para os exportadores brasileiros e os juros altos também colaboram para reduzir as importações.

O assessor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), da Subseção da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos da Força Sindical (CNTM), Roberto Anacleto, disse ao Vermelho que a redução dos juros torna-se uma ação fundamental para inibir a valorização do dólar.

“Os juros altos constroem o cenário favorável para entrada de capitais especulativos. Um exemplo: muitos investidores preferem investir em títulos do governo, do que no setor produtivo, isso inibe nossas exportações e o crescimento da indústria. Então, entre investir em uma fábrica e em tecnologia, por exemplo, e lucrar com os juros, os especuladores ficam com a segunda opção, o que inviabiliza um real desenvolvimento do país”, elucida o economista.

Segundo ele, com o real valorizado tem-se a elevação do preço dos produtos nacionais que acabam em desvantagem ante os produtos estrangeiros no mercado interno e no exterior. Desse modo, “fica claro que para se pensar em um projeto de desenvolvimento nacional com fortalecimento da indústria, da economia e do emprego é necessário reduzir o percentual desta taxa e incentivar o investimento interno”, afirma.

Além disso, o economista lembra que é preciso levar em consideração os fatores externos, como a crise financeira, “que não é nossa e nem foi começada por nós, mas que estimula um processo de transferência de investimentos e desacelera nossa economia”.