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Síria diz que está aberta à ajuda externa pela estabilidade

A Síria está aberta a toda iniciativa que lhe ajude a conseguir estabilidade e implementação das reformas de abertura pluralista e democrática que se propôs, afirmou o porta-voz da chancelaria, Jihad Maqdisi.

Em declarações que a televisão divulgou neste sábado (31), o porta-voz pediu à comunidade internacional para ajudar ao invés de exercer pressões sobre o país. "A Síria aceita o objetivo de qualquer proposta se está voltada a propiciar a segurança e a conseguir a aplicação das reformas", disse.

Maqdisi disse que baseado nisto, o governo sírio receberá em breve uma equipe técnica de negociadores da ONU para realizar conversas sobre os mecanismos para pôr em prática o plano político do enviado especial do organismo internacional, Kofi Annan.

Nesse sentido, afirmou que se requer a assinatura de um protocolo sobre o assunto dos observadores para conseguir a pacificação.

O porta-voz enfatizou que os fundamentos para que a Síria receba a missão de Annan ou outras iniciativas devem repousar na preservação da soberania nacional e em que não violem a segurança e a estabilidade do país, bem como "na lógica e simétrica implementação do plano" por todas as partes, esclareceu.

Pediu, por sua vez, ao enviado especial da ONU que visite os países que financiam, amparam e estimulam a oposição armada, a fim de que os convença a deter tal prática.

As declarações de Maqdisi acontecem um dia antes de que os chamados Amigos da Síria se reúnam no domingo em Istambul, Turquia, para discutir o que mais se pode fazer para derrubar o governo do presidente Bashar Assad.

Inclusive, a França sugeriu transformar essa associação de interesses em um juiz e árbitro da aplicação do plano de Annan. Mas a Rússia advertiu que somente o enviado especial da ONU pode avaliar implementação.

A presença de elementos armados ilegítimos dentro da oposição no exterior – disse – está claramente documentada internacional e legalmente, e é reconhecida no relatório que a Missão Observadora da Liga Árabe emitiu.

Não obstante, Maqdisi afirmou que a violência armada para derrubar o Estado sírio fracassou. Enquanto isso, "começou a batalha para estabilizar e melhorar uma renovada Síria sobre a base do desenvolvimento e das reformas".

Disse que o deslocamento de efetivos militares em algumas localidades responde às necessidades defensivas para proteger os civis, que têm sido alvo de massacres, sequestros, atentados para atentar contra a estabilidade e segurança da nação.

"Uma vez que reine a paz e a segurança, então o Exército poderá se retirar", acentuou o porta-voz.

Os efetivos se recolherão uma vez que as áreas retornem à normalidade, quando os cidadãos possam em paz trabalhar, enviar seus filhos para as escolas e restaurem suas vidas, e não sejam perseguidos, raptados e assassinados.

Do mesmo modo, acrescentou, quando os centros de poder no estrangeiro deixem de explorar essa situação de terror e insegurança e de fornecer armas aos grupos extremistas.

Maqdisi recordou a funesta experiência quando o governo sírio respondeu honestamente ao pedido de retirada das forças de segurança durante a Missão Observadora da Liga Árabe e os grupos armados e terroristas apoiados no exterior aproveitaram a situação para aprofundar a violência contra a paz e a ordem, e trataram de controlar zonas completas.

Prensa Latina