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Veteranos de guerra fazem caravana: 'Malvinas são argentinas'

As Malvinas são argentinas. Ao menos para um grupo, formado principalmente por veteranos de guerra, que cruza o país tentando chamar a atenção da população para sua causa. No dia 15 de março, 26 pessoas partiram de La Quiaca – uma pequena cidade ao norte da Província de Jujuy, que faz fronteira com a Bolívia-.

Ao longo do caminho, outras deixaram o litoral e o centro do país e se juntaram às primeiras. Todas têm o mesmo destino: Ushuaia, na Província da Terra do Fogo, onde se reunirão para lembrar os 30 anos da Guerra das Malvinas.

Derrotados pelos britânicos na guerra que começou em 2 de abril de 1982, os argentinos que participam da caravana "Las Malvinas son Argentinas" não perderam a esperança de retomar a soberania no arquipélago. "O propósito da caravana é evocar as Malvinas, homenagear os heróis mortos e chamar todas as instituições civis para que se articulem e peçam aos organismos internacionais o reconhecimento de que as Malvinas são argentinas", afirma Anastacio Vila Condori, veterano que integra a caravana.

Em ao menos 40 cidades ao longo do trajeto, diferentes atos marcaram a passagem da caravana. Condori conta que, em algumas delas, novos membros aguardavam para seguir viagem junto e, nessas ocasiões, o grupo chegou a ser formado por 200 pessoas, em cerca de 50 veículos.

Os membros da caravana, embora não se cansem de repetir que as ilhas deveriam estar sob domínio argentino, defendem a recuperação pacífica do território. "É possível recuperar pacificamente (as Malvinas) e dizemos isso em cada ato que temos a oportunidade de falar", afirma Condori. Para ele, "a Inglaterra está usurpando os direitos soberanos da Argentina sobreo arquipélago".

A presidente Cristina Kirchner também viaja à Terra do Fogo para homenagear veteranos e mortos na Guerra das Malvinas. Assim como os integrantes da caravana, a mandatária tem ido a público frequentemente defender a soberania argentina nas ilhas. Em um pronunciamento em fevereiro, Cristina prometeu denunciar Londres perante a ONU pela militarização do Atlântico, após o suposto anúncio de que os britânicos enviariam um navio às ilhas.

Em Seul no fim de março para a Segunda Cúpula de Segurança Nuclear, o vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, negou o envio de um submarino nuclear à região. "As suposições são sem fundamento", declarou. "Como meu colega da Argentina sabe, o Reino Unido ratificou o Protocolo da Zona Desnuclearizada", afirmou na ocasião, pouco depois de o chanceler argentino, Héctor Timerman, ter voltado a acusar os britânicos indiretamente em seu pronunciamento.

Fonte: Portal Terra