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Deputado denuncia homofobia e cobra aprovação de projeto

Os dados do relatório anual produzido pelo Grupo Gay da Bahia – GGB, que avalia o crescimento da violência contra homossexuais em Salvador, na Bahia e no Brasil foram apresentados pelo deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) ao denunciou o crescente número de violência relacionada a crimes homofóbicos no Brasil, em discurso no Plenário da Câmara.

Segundo o GGB, em 2011 foram registrados um total de 282 ocorrências motivadas por homofobia em todo o Brasil. O índice coloca o Brasil na alarmante posição de líder mundial de assassinatos à população LGBT – com média de uma morte a cada um dia e meio.

“Não podemos continuar permitindo que a cada 20 horas, um gay, travesti ou lésbica seja violentado, agredido, ou até mesmo barbaramente assassinado, vítima de crime homofóbico”, afirmou o deputado Daniel Almeida, diante dos dados.

O parlamentar fez um apelo ao Senado Federal pela aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia. “O projeto é de 2006 e ainda não foi avaliado”, disse Daniel.

A proposta, apresentada pelo movimento GLBT, torna crime a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero – equiparando esta situação à discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, sexo e gênero, ficando o autor do crime sujeito a pena, reclusão e multa.

Os números

São Paulo ocupa o primeiro lugar de crimes homofóbicos, com 72 registros, o equivalente a 25% do total. O Rio de Janeiro vem em segundo, com 35 casos (12%), Minas Gerais com 22 (8%), Paraná com 11 (6%) e Goiás com 10 registros (3%).

Quando se compara o índice de crimes letais, a Bahia lastimavelmente ocupa o topo do ranking, pelo terceiro ano consecutivo, com o mais alto índice de homicídios contra homossexuais, travestis e transexuais. O estado assume a liderança como o local onde mais homossexuais foram assassinados nos últimos seis anos.

No caso da violência urbana não-letal (aquela em que o agredido não chega à morte), apesar de tanta diversidade, São Paulo lidera as agressões neste quesito. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro e Salvador assume a terceira posição. Belo Horizonte, Goiânia, Recife, Belém e Curitiba completam o ranking.

Salvador permanece no vergonhoso pódio das capitais, quando o assunto é assassinato de homossexuais. Só em 2012, 28 gays foram assassinados na cidade, e este ano, de janeiro até março já são 11 casos.

De Brasília
Com informações da Ass. Dep. Daniel Almeida